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Presidente do Conselho de Administração do Bradesco

Opinião|Liderança na luta contra as mudanças climáticas será uma consequência natural para o Brasil

Muitas portas de diálogo e colaboração se abriram durante a COP-27

Foto do author Luiz Carlos Trabuco Cappi
Atualização:

Relevante em todos os debates sobre a recuperação do meio ambiente global, o Brasil está no momento e no lugar certo para assumir o protagonismo de fato das ações climáticas positivas no mundo. É o que se conclui das expectativas declaradas na COP-27, no Egito, por autoridades, ONGs, governos e empresas. A liderança na luta contra os efeitos das mudanças climáticas será uma consequência natural para o Brasil, pois somos considerados o país que pode decidir o jogo em favor do meio ambiente. O pleito de sediar a COP-30 se insere nesse conceito virtuoso.

Por termos a maior floresta tropical e a melhor tecnologia de combustíveis renováveis do planeta, assim como uma iniciativa privada engajada com metas de descarbonização e sociedade consciente da preservação ambiental, estamos em plenas condições de zerar o desmatamento num esforço conjunto com organizações internacionais, empresas, governos e ONGs.

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente eleito para terceiro mandato, durante a COP-27, no Egito Foto: Mohamed Abd El Ghany/Reuters

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A COP-27 foi, sem dúvida, o marco dessa nova perspectiva. Muitas portas de diálogo e colaboração se abriram.

O Pavilhão do Brasil esteve entre os mais concorridos durante os dias da conferência. Formada por mais de 340 representantes do setor privado, agronegócio, ambientalistas e academia, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura participou dos trabalhos com propostas concretas. O principal item é a restauração da governança do Fundo Amazônia.

A reconhecida Fundação SOS Mata Atlântica encarregou-se de provar que não existe antagonismo entre preservação e atividade econômica. Durante a conferência, os técnicos mostraram que o bioma apresenta uma área produtiva de 70 milhões de hectares, a partir dos quais a produção agropecuária cria milhares de empregos diretos e indiretos.

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Os avanços do Brasil na produção de energia de fontes renováveis como etanol, biogás e biometano, além da pecuária de inovação, foram amplamente compartilhados pela Confederação da Agricultura. O governo do Ceará deixou o Egito com a confirmação de um acordo com a australiana Fortescue Metal Group para uma planta de hidrogênio verde, com investimentos de US$ 6 bilhões.

A participação do Brasil na Conferência da ONU para as Mudanças Climáticas foi resultado da soma de propósitos individuais, coletivos, empresariais e do poder público. Aos olhos do mundo, mostramos nossa vocação de país sustentável e economia limpa. Preservar o meio ambiente é um ativo gerador de riqueza econômica com ações de inovação, empreendedorismo e transformação dos meios de produção, como nos mostra a excelência do trabalho do agronegócio brasileiro.

Opinião por Luiz Carlos Trabuco Cappi

Presidente do Conselho de Administração do Bradesco

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