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Aécio defende "relação diferenciada" com países produtores de drogas

O candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB) defendeu que o Brasil adote uma posição mais firme nas relações com seus vizinhos produtores de drogas ou de matéria-prima para a produção dessas substâncias. Em encontro com lideranças femininas e mulheres do partido em São Paulo, o tucano manifestou críticas à política externa conduzida pelo atual governo da candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) por não cobrar ação desses países em contrapartida às parcerias que estabelece. “O Brasil tem um número grande de parcerias com esses países e não cobra, em contrapartida, nenhuma ação efetiva desses países para coibir a produção de drogas que atravessam as nossas fronteiras de forma absolutamente livre e vem matar vidas, vem esfacelar famílias aqui”, afirmou a jornalistas. Aécio defendeu uma relação diferenciada com os países produtores de drogas. "Nós não perdoaremos financiamentos nem estabeleceremos parcerias com países que não tiverem internamente um programa de diminuição e inibição do combate às drogas ou da produção”, disse. “Vamos ter uma conversa num nível diferenciado com os países que aceitam a produção ou de drogas ou de matéria-prima de drogas no seu território sem qualquer tipo de ação governamental", disse. O tucano disse que é preciso parar de fazer " vista grossa", pois caso contrário todo esforço e recurso gasto no Brasil será insuficiente para reduzir o que chamou de "genocídio" que ocorre no país. Aécio ainda afirmou que irá conduzir uma política externa “não para ser gostado pelos países vizinhos como fez o PT... mas para ser respeitado por esses países”, disse, em referência ao Paraguai, no caso da maconha, e da Bolívia, no caso da cocaína. Sobre a divulgação da última pesquisa Ibope de intenções de voto na corrida presidencial, na qual passou a 19 por cento das intenções de voto no primeiro turno, ante 15 por cento no levantamento anterior, Aécio brincou que gostaria de “não precisar subir". "Eu queria estar em primeiro em todas”, disse o candidato, que apesar de ganhar terreno ainda está em terceiro lugar, atrás de Dilma e de Marina Silva (PSB). “Eu cada vez mais acredito que quem vencerá o PT no segundo turno somos nós, e mais do que isso, quem tem condições de implementar uma nova ação de governo que rompa com tudo isso, seja em relação à questão ética, à ineficiência, ao aparelhamento da máquina pública, a essa visão distorcida de mundo que orienta a política externa do PT, somos nós”, disse.

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Por Redação
Atualização:

(Por Pedro Belo)

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