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19 Agosto 2014 | 17h05
Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, Aécio também prometeu, se eleito, maior atenção ao agronegócio que, segundo ele, vem sendo negligenciado no governo de Dilma, que é candidata à reeleição pelo PT.
"É natural que ela (Marina) apareça bem nas pesquisas. Tenho respeito pessoal pela Marina, ela terá oportunidade de defender as ideias nas quais acredita e continuaremos apresentando as nossas. Somos hoje o projeto alternativo ao governo federal", disse o tucano a jornalistas.
"Temos um projeto cujo nosso adversário é o governo central. Nosso antagonismo é com o PT. E nós continuaremos construindo estas propostas, debatendo estas propostas com a sociedade brasileira."
Pesquisa do instituto Datafolha divulgada na segunda-feira, a primeira a trazer o nome de Marina após a morte de Eduardo Campos, então candidato do PSB, em um acidente aéreo na semana passada, mostrou Dilma liderando com 36 por cento das intenções de voto, à frente de Marina, com 21 por cento, e de Aécio, com 20 por cento.
"Temos que agora, respeitando a posição da Marina, esperar que ela possa vir para o debate em relação ao futuro", disse Aécio. "As nossas propostas, repito, se confrontam ou se conflitam com aquelas que hoje governam o Brasil."
Na região, que é uma das maiores produtoras agrícolas do país, Aécio também voltou a prometer a criação do Superministério da Agricultura e disse que, não fosse o agronegócio, a economia brasileira estaria encolhendo.
"Um ministério que atuará no mesmo nível do Ministério da Fazenda. Um ministério que terá interlocução com o Ministério da Infraestrutura na definição dos investimentos em logística e infraestrutura. Um ministério que participará da formulação do orçamento", prometeu o tucano.
"O Brasil hoje deve ao esforço dos homens do campo, na agricultura e na pecuária, o crescimento que vem tendo. Não fosse esse esforço estaríamos crescendo negativamente."
O tucano garantiu que esse superministério terá como titular uma pessoa ligada ao agronegócio e não será alvo de indicações políticas. Ele se comprometeu, também, com investimentos em infraestrutura para escoar a produção agrícola e criticou o "cemitério de obras abandonadas e inacabadas", que segundo ele, existe no país.
(Por Eduardo Simões)
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