MENTIRAS E CALÚNIAS
Um dia depois de travar com Dilma o debate mais agressivo na campanha até aqui, nos estúdios do SBT, Aécio voltou a atacar a presidente por, segundo ele, promover a pior campanha eleitoral dos últimos tempos que, de acordo com o tucano, é recheada de mentiras e calúnias.
Depois de mais uma vez propor à presidente um debate sobre temas em vez da troca de farpas, que marcou o debate da véspera de ambos os lados, Aécio voltou a dizer que Dilma usou a mesma tática contra Marina e contra Eduardo Campos, ex-presidenciável do PSB morto em um acidente aéreo em agosto.
O tucano alertou, no entanto, que responderá à altura ao que chamou de "ataques".
"Só que comigo não. Vamos enfrentar, vou responder sempre no mesmo nível aos ataques que vier a receber", avisou.
"Estejam certos, reagirei a todas as ofensas, às calúnias e às mentiras que transformaram essa eleição, talvez, na pior do ponto de vista ético dos últimos tempos. Não da nossa parte, da parte dos nossos adversários", afirmou.
Questionado, Aécio disse que ainda não discutiu com Marina como será a participação dela na campanha, mas afirmou que a forma que ela tem participado até aqui, como na reunião desta sexta, já o alegrava.
Ele também disse que seria "desrespeitoso" tratar da participação da candidata derrotada em um eventual governo tucano e assegurou que Marina não exigiu nada para apoiá-lo.
Lideranças do PSB presentes ao encontro, como o ex-candidato a vice Beto Albuquerque e o coordenador do programa de Marina Maurício Rands, também negaram que tenha havido qualquer conversa com Aécio ou com lideranças tucanas sobre cargos em um eventual governo.
Eles afirmaram, por outro lado, que com o apoio formal dado a Aécio no segundo turno, o PSB deverá compor a base de sustentação de um governo tucano no Congresso, caso Aécio saia vitorioso das urnas no dia 26.
Ao receber o apoio formal do PSB em reunião da Executiva do partido na semana passada, o presidenciável do PSDB disse que queria contat com a nova sigla aliada não só na campanha, mas também no governo.