CLASSE C
Um dos fatores que torna a desconstrução de Marina uma missão árdua para petistas e tucanos é o fato de a candidata do PSB estar bem posicionado em todos os segmentos do eleitorado.
Segundo a pesquisa do Ibope, Marina é pelo menos a segunda colocada quando se considera cortes como sexo, idade, nível de instrução, região do país e faixa de renda.
Para os analistas, além de bater de frente com a candidata do PSB, Dilma e Aécio terão de buscar atrair a Classe C, grupo que tem renda familiar média mensal entre 1.792 reais e 3.273 reais e representa cerca de 56 por cento do eleitorado brasileiro, segundo o instituto de pesquisas Data Popular, especializado nessa faixa de renda.
"A competitividade passa por achar um discurso para essa nova classe média", disse Cortez.
Pela divisão de faixa de renda feita pelo Ibope, a Classe C se enquadra melhor no grupo das famílias que ganham entre dois a cinco salários mínimos. Nesta faixa, Dilma lidera com 33 por cento das intenções de voto, contra 31 por cento de Marina e 21 por cento de Aécio.
Esse segmento da sociedade, apontado como fundamental para decidir os rumos da eleição, também inspira confiança na campanha de Marina, que espera conseguir ainda mais fôlego desse eleitorado
"(A pesquisa Ibope) é o comecinho da migração da Classe C. Ainda migrará muito mais", disse nesta semana o deputado federal Márcio França (PSB-SP), integrante do comitê financeiro da campanha de Marina.
"É só você ir nas periferias das cidades, dos grandes centros, que você vai ver como está a relação, é um massacre."