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Após encontro com Blatter, Dilma reafirma compromisso com obras da Copa

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Por Redação
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Apesar dos atrasos em diversas obras, a presidente Dilma Rousseff reiterou nesta quinta-feira, após encontro na Suíça com o presidente da Fifa, Joseph Blatter, que o governo brasileiro está empenhado em realizar todas as obras para a Copa do Mundo e que o país está preparado para receber o evento deste ano. O encontro aconteceu poucas semanas após Blatter ter criticado o Brasil pelo ritmo dos preparativos para o Mundial, e somente dois dias depois de a federação internacional ter colocado em risco a presença de Curitiba no Mundial devido ao atraso na reforma do estádio Arena da Baixada. "O governo brasileiro tem todo o empenho para ser a Copa das Copas. Os estádios, os aeroportos, os portos, teremos todas as obras para que sejamos um país que bem recebe. Podem vir ao Brasil, serão recebidos de braços abertos pelo povo brasileiro", afirmou Dilma a repórteres na sede da Fifa, em Zurique. No início deste mês, Blatter disse a um jornal suíço que o Brasil começou muito tarde a se preparar para o Mundial e que é o país com mais atrasos na preparação para uma Copa do Mundo desde que ele está na Fifa (desde 1975), apesar do tempo que teve. Eleito em 2007 como sede, o Brasil sofre com diversos atrasos, tanto nas obras de infraestrutura como na construção e reforma de arenas. Dos 12 estádios do Mundial, somente dois foram inaugurados dentro do prazo, e o palco de abertura do torneio, em São Paulo, só ficará pronto em abril, dois meses antes do início da competição. Em visita a Curitiba na terça-feira, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, visitou a Arena da Baixada e, junto com autoridades locais e do Comitê Organizador Local da Copa (COL), estabeleceu 18 de fevereiro como data decisiva para que Curitiba seja mantida como sede da competição. Na ocasião, o dirigente da Fifa disse que as obras no estádio não estão apenas atrasadas, mas "muito, muito atrasadas". Além dos problemas com estádios, o país também está atrasado nas reformas dos aeroportos. Em Fortaleza, uma das 12 cidades-sede, será construída uma estrutura provisória de lona para receber os visitantes porque as obras do aeroporto local não ficarão prontas a tempo. Outras sedes, como Salvador, Cuiabá e Rio de Janeiro -- que será o palco da final, no Maracanã -- também correm contra o tempo para acelerar as reformas de seus aeroportos. Blatter, que no início do mês recuou das críticas feitas ao Brasil após reação de Dilma pelo Twitter, voltou a demonstrar confiança na organização do Mundial deste ano em pronunciamento feito ao lado da presidente. "Tivemos um diálogo sobre a Copa das Copas. A Copa do Mundo da Fifa será disputada no Brasil, o país do futebol. Não há país melhor para se falar de futebol... No final, tudo estará bem, sobretudo no Brasil", afirmou o dirigente suíço. Dilma está na Suíça para participar do Fórum Econômico Mundial, em Davos. (Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)

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