Área do São Vito vira estacionamento irregular

PUBLICIDADE

Por Tiago Dantas
Atualização:

Já é possível ver o resultado de quase dois anos de obras na Praça Roosevelt, no centro de São Paulo. Os tapumes que envolviam o terreno foram retirados para que os operários pudessem fazer as calçadas, as rampas e os degraus que darão acesso à área. Mas a inauguração oficial está prevista para a segunda quinzena de setembro.A retirada dos tapumes provocou uma mudança drástica na paisagem. O concreto, que predominava no espaço de 25 mil m², deu lugar a mais cores. O prédio em forma de pentágono que chegou a abrigar um mercado foi demolido e abriu espaço para canteiros com árvores nas laterais e no meio da praça. As edificações projetadas têm parede de vidro e devem abrigar base da Guarda Civil e floriculturas.Aprovação. Ontem, um grupo de moradores foi chamado para fazer vistoria na reforma e aprovou o resultado. "Anteriormente, a praça era cinza, com cimento caindo e perigosa. Agora, não. Está colorida: verde, laranja, berinjela. A iluminação também é muito boa, com lâmpadas LED", avalia o presidente da Ação Local Roosevelt, Luis Cuza. "A esperança é de que a comunidade tome conta do lugar."O projeto original previa o plantio de 216 árvores de espécies nativas e a instalação de 137 luminárias. Também foram construídos dois playgrounds e um espaço para levar os cachorros para passear. Cuza sugeriu que a cerimônia de reinauguração seja marcada para 22 de setembro, quando o Teatro Cultura Artística, na Rua Nestor Pestana, ao lado da Roosevelt, comemora cem anos. Segundo a SP Obras, 90% da reforma está concluída, mas a data da cerimônia ainda será definida.Segurança. A retirada dos tapumes também aumentou a sensação de segurança, segundo alguns comerciantes, pois agora eles conseguem enxergar o outro lado da praça. "Deu até uma sensação de liberdade", disse o comerciante Natal Pereira Lopes, de 49 anos - há seis trabalhando em uma lanchonete na Rua João Guimarães Rosa. "O pessoal fez abaixo-assinado para não demolirem o pentágono, mas ficou bem melhor assim."Outra vantagem, segundo o porteiro Joelmir da Silva Moreira, de 51 anos, é que não há lugar para "malandro se esconder". "A praça é bem aberta." Entre os moradores da praça, porém, alguns estão desconfiados. "Tem de ir com calma. Se não tomar cuidado, enche de viciado de drogados de novo", alerta a aposentada Carmen Uliana de Almeida, de 69 anos.Para não deixar o espaço sem uso, a Ação Local já convocou comerciantes, representantes das igrejas do entorno, grupos de teatro e a direção das escolas mais próximas. O objetivo é criar atividades na praça.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.