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Berlim planeja festa popular para marcar 25 anos de queda do muro

Objetivo é celebrar "o papel dos cidadãos na concretização da mudança", afirmou o porta-voz do governo

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Por Redação
Atualização:

A capital da Alemanha irá comemorar os 25 anos da queda do Muro de Berlim com uma grande festa de rua ao redor do Portão de Brandenburgo em homenagem à contribuição das pessoas comuns para acabar com o comunismo no Leste Europeu.

Festividades acontecerão em frente ao Portão de Brandenburgo, cartão postal da capital alemã. Foto: Reuters

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As festividades de 9 de novembro irão contrastar acentuadamente com a solenidade do 20o aniversário, quando dignitários como o ex-líder soviético Mikhail Gorbachev e o polonês Lech Walesa participaram dos eventos junto ao Muro, outrora um símbolo da divisão na Europa.

O Muro de Berlim, que separou a ilha de Berlim Ocidental do Leste comunista depois que foi erguido em 1961, foi o símbolo mais contundente da Guerra Fria. Pelo menos 136 pessoas foram mortas ou morreram no Muro, a maioria tentando fugir.

Imagens marcantes de alemães emocionados do Leste irrompendo pela fronteira recém-aberta surpreenderam o mundo em 1989 e no ano seguinte, quando as duas Alemanhas voltaram a ser uma.

“Queremos celebrar o papel dos cidadãos na concretização da mudança”, disse Steffen Seibert, porta-voz da chanceler Angela Merkel, delineando os planos para as comemorações com representantes da cidade de Berlim.

O Muro de Berlim é o símbolo mais marcante da Guerra Fria por separar a capital da Alemanha. Foto: Reuters

Ele citou as dezenas de milhares de pessoas da cidade de Leipzig, no leste alemão, que se reuniram dentro e nos arredores de igrejas para protestar contra o governo comunista, e aquelas que consumaram de fato o fim do regime na Alemanha Oriental.

Merkel, que cresceu do lado comunista, fará um discurso em um memorial na Bernauer Strasse, rua que margeava o Muro onde uma nova exibição será inaugurada, informou Seibert. Mais tarde ela e muitos membros de seu gabinete irão se unir às festividades como convidados.

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Até agora não se falou na presença de Helmut Kohl, de 84 anos, chanceler à época da queda do Muro e principal arquiteto da reunificação alemã, nos festejos. Sua saúde está frágil e ele costuma ser visto em uma cadeira de rodas.

“Queremos um festival que encarne a liberdade e queremos comemorar o fato de que tivemos uma revolução pacífica”, afirmou o porta-voz.

Barracas de cerveja e linguiça ocuparão as ruas nas cercanias do Portão de Brandenburgo, e a música ficará por conta de nomes como Peter Gabriel e o roqueiro alemão Udo Lindenberg. Daniel Barenboim irá conduzir a Ópera Estatal de Berlim na execução da Nona Sinfonia de Beethoven, conhecida como ‘Ode À Alegria’.

As festividades durarão todo o dia e prosseguirão à noite.

(Por Madeline Chambers)

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