CONDIÇÕES DE MERCADO
Tolmasquim, da EPE, presente ao evento, disse que é a favor da ampliação da liberdade de escolha e do mercado livre de energia, mas ponderou que isso tem que ser avaliado com cautela, já que atualmente, a expansão da geração de energia do pais é feita principalmente por meio do mercado regulado, atendido pelas distribuidoras de energia.
Os contratos de longo prazo de energia do mercado regulado, que chegam a 30 anos, dão segurança para que empreendedores aceitem tomar o risco do investimento nas construções de grandes usinas e na tomada de financiamentos. Já no mercado livre, os contratos tendem a prazos não maiores que cinco anos, em média.
"Eu sou muito a favor de aumentar o mercado livre... mas do ponto de vista técnico, a gente tem que ter uma discussão de como fazer isso", disse.
O representante do candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, para o setor de energia, João Bosco de Almeida, disse que é preciso menor volatilidade de preço no curto prazo para o avanço do mercado livre.
"Nesse ambiente de incerteza eu acho muito difícil que a gente possa acelerar a questão do mercado livre", disse ele, que acrescentou que os consumidores também devem ser conscientizados permanentemente sobre como funciona esse mercado.
O representante do candidato Aécio Neves (PSDB), Afonso Henriques, defendeu resgatar modelos de mercado e "avançar na expansão de um mercado 100 por cento livre".
O Ibope ouviu 2.002 pessoas, com 16 anos ou mais, em todo o território nacional, entre 17 e 22 de junho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo.