PUBLICIDADE

Caso de mãe que vendeu 3 filhas por R$ 6 choca a Índia

Família foi resgatada e está em abrigo para vítimas de tráfico humano em Bengala Ocidental, região onde 15 mil crianças foram vendidas no último ano.

Por BBC Brasil
Atualização:

O caso de uma mulher que vendeu as três filha pelo equivalente a R$ 6 por não conseguir cuidar delas chocou a Índia. Purnima Halder parece ter 30 e poucos anos, mas não sabe a idade ao certo nem onde nasceu. Para ela, a vida tem sido uma luta constante. Sem nenhuma dose de emoção, ela conta que decidiu se desfazer das filhas Piya, de 10 anos, Supriya, de 8, e Roma, de 4, para evitar que elas seguissem pelo mesmo caminho. A história somente se tornou conhecida porque elas foram resgatadas e agora estão, junto com a mãe, em um abrigo para vítimas de tráfico humano em Bijoygunge, a 60 quilômetros de Calcutá. Os assistentes sociais temiam que elas fossem obrigadas a se prostituir ou serem vítimas de casamentos forçados. Expulsas O drama das meninas começou ao serem expulsas de casa pelo próprio pai. Purnima conta que o marido ficava bêbado com frequência e batia nela e nas filhas. Até que um dia ele as mandou embora. Elas acabaram indo morar numa estação de trem, onde Purnima foi convencida a vendê-las para que tivessem supostamente uma vida melhor. Mas o destino delas era incerto, em uma região onde o tráfico humano é um problema sério. Mais de 15 mil crianças desapareceram nas mãos de traficantes em Bengala Ocidental no último ano. "Isso é o que a vida fez a ela (Purnima). Ela está desesperada. Ela enfrentou a pior escolha que uma mãe poderia ter que enfrentar - se desfazer de suas filhas", afirma Annapurna Ghosh, superintendente da casa que abriga mais de cem mulheres e meninas, além de 30 meninos. No abrigo, as meninas estão seguras, mas sentem dificuldades de adaptação. Elas ainda estão traumatizadas. E ainda temem que a mãe se desfaça delas outra vez. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.