TIM E GVT SÃO POSSÍVEIS ALVOS
Especialistas trabalham com a possibilidade de a AT&T ter participação ativa no processo de consolidação do mercado de telecomunicações brasileiro.
Meses atrás, houve muita especulação no mercado a respeito de uma venda da TIM Participações, após a espanhola Telefónica, dona da Vivo, fechar acordo para assumir indiretamente e gradualmente o controle da Telecom Italia. Isso teria implicações concorrenciais no Brasil, já que a Telefónica ficaria no comando de duas operadoras móveis no país.
Analistas até apontaram destinos possíveis para a TIM: a divisão de seus clientes entre Vivo, Claro e Oi ou a entrada de uma nova empresa no Brasil que compraria a empresa, opção que seria mais desejada pelo governo.
Com um negócio no Brasil voltado ao consumidor final através da DirecTV, a AT&T é colocada agora como uma possível compradora da TIM em caso de venda da companhia.
"A AT&T não vai se contentar somente com uma fatia do mercado, deve expandir os serviços no Brasil, incluindo banda larga, serviços de telefonia fixa. Podendo também expandir para telefonia móvel, entrando talvez (nesse mercado) por meio da TIM", disse Marins, da Ativa.
O presidente da consultoria Teleco lembra também da GVT, mencionando que em 2013 a DirecTV estava buscando comprar a operadora da Vivendi no Brasil, mas as conversas não avançaram porque os franceses consideraram as ofertas pelo ativo muito baixas.
"A empresa (DirecTV) não tinha cacife na época. Agora poderá ter interesse no futuro, caso GVT e TIM sejam colocadas à venda. Mas esses não serão planos imediatos", afirmou Tude.
Procurada pela Reuters, a AT&T não se manifestou sobre seus planos no Brasil. A DirecTV também não se posicionou.
(Edição de Cesar Bianconi)