Cheia não afetou condições de praias em SC, diz estudo

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Por JÚLIO CASTRO
Atualização:

As fortes chuvas que caíram em Santa Catarina não comprometeram as condições de balneabilidade das praias dos principais municípios atingidos pelas cheias. É o que revela o relatório da Fundação de Meio Ambiente (Fatma) divulgado hoje, com base em amostras colhidas em 182 pontos da orla catarinense. A média dos últimos relatórios de praia imprópria para o banho é de 20%. Pelo resultado das amostras colhidas entre os dias 1 e 3 de dezembro, o índice subiu para 26,9%. "É natural que pela intensidade da chuva este índice pudesse subir um pouco. Não nos causou surpresa e não será pela qualidade da água que haverá prejuízo no fluxo turístico", comentou Marlon Daniel da Silva, técnico responsável pelo laboratório em estudos de balneabilidade da Fatma de Santa Catarina. Ele acrescenta, no entanto, que embora a recuperação hídrica dos pontos se mantenham em níveis razoáveis, é preciso que se mantenha cautela. Silva recomenda que as pessoas evitem o banho de mar nos próximos dias. O primeiro relatório semanal de balneabilidade da temporada de verão apontou que 26,9% dos pontos analisados ao longo do litoral catarinense estão impróprios para banho. A instituição avaliou 182 pontos em 107 balneários de 27 municípios do Estado. Desses, 49 não atenderam o que determina a legislação, se apresentando impróprios para banho. São números que apresentam pequena alteração se comparadas às análises feitas antes das chuvas, conforme Marlon Silva. Se baseando na variável utilizada pela Fatma, que é a análise do volume de coliformes fecais na água, praticamente não houve grandes mudanças com relação ao quadro apresentado antes das chuvas, nem mesmo na região de Itajaí, que foi a mais afetada", explica o presidente da instituição, Carlos Leomar Kreuz. Nessa mesma época, há um ano, o relatório mostrou que 20,4% dos pontos analisadas estavam impróprios para banho. Para o presidente, não existe motivo de alarde com relação à qualidade das praias. "Claro que deve haver uma precaução, principalmente na região de Itajaí, onde tivemos informações de animais mortos na praia, mas o restante do litoral continua como era anterior a tragédia. Os locais que se apresentavam impróprios continuam impróprios, sem grandes mudanças", acrescenta. Na grande Florianópolis, por exemplo, se comparado ao ano passado, houve um aumento de dez pontos impróprios. Eram 13, hoje são 23. Entretanto, a maioria dos locais não é de praias freqüentadas pela população.

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