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Cientistas calculam o vôo do maior pássaro que já existiu

Estudo usa programas criados para analisar o vôo de helicópteros

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Por Redação
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Pesando 68 kg ou mais, o maior pássaro que já viveu não era capaz de simplesmente sair voando, dizem pesquisadores. Equipe liderada por Sankar Chatterjee, da Texas Tech University, usou programas de computador criados para helicópteros a fim de analisar as características do vôo do Argentavis magnificens, pássaro que viveu na América do Sul há 6 milhões de anos. Como os condores do mundo moderno, o Argentavis precisava de correntes ascendentes para se manter no ar. Se contasse com elas, seria capaz de planar por grandes distâncias, conclui artigo publicado na edição desta terça-feira, 3, do periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). Restos do Argentavis foram descobertos no norte da Argentina, e também no sopé dos Andes. Com envergadura de 7 metros, esse é o maior pássaro voador conhecido. Medindo o tamanho dos ossos, os cientistas determinaram como teriam de ser os músculos da ave, e concluíram que o Argentavis não teria sido capaz de levantar vôo e se manter no ar simplesmente batendo as asas. "Planar não seria um problema, o problema estaria na decolagem", disse Chatterjee. "Nas montanhas, decolar não é um problema, mas cedo ou tarde ele chegaria a uma planície". Para subir aos céus nessas condições, Chatterjee sugere que os animal poderia se jogar a partir de um ponto elevado na base das cordilheiras. Além disso, com um vento favorável e uma inclinação de pelo menos 10º para baixo, o Argentavis deveria ser capaz de alçar vôo ao final de uma corrida.

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