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Computadores da Petrobrás e de prefeitura tucana atacaram site de Marina, diz campanha

Ataque realizado na madrugada de 12 de setembro teria deixado site da campanha cerca de cinco horas fora do ar

Por Eduardo Simões
Atualização:

Um computador da Petrobrás e outro de uma prefeitura comandada pelo PSDB no Rio Grande do Sul foram usados para um ataque de hackers ao site da campanha da candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, disse nesta terça-feira, 30, o coordenador da campanha Walter Feldman. Segundo ele, o ataque realizado na madrugada de 12 de setembro deixou o site da campanha cerca de cinco horas fora do ar. A equipe de tecnologia da candidata do PSB detectou que o ataque contou com 1.365 computadores que realizaram 4 milhões de acessos ao site em 16 minutos, tirando-o do ar. Feldman disse que a equipe da campanha conseguiu detectar, por enquanto, três computadores envolvidos: um da Petrobrás, um da prefeitura gaúcha de Ivoti, comandada pelo PSDB, e um da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

"Isso tipifica crime", disse Feldman a jornalistas em entrevista coletiva para tratar do assunto. A Petrobrás informou, por meio da assessoria de imprensa, que somente se manifestará "após ter conhecimento do teor da denúncia que será feita pela Coligação Unidos pelo Brasil". TSE. Mais tarde a coligação encabeçada por Marina divulgou nota informando que entrou com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) propondo a investigação do episódio. A nota afirma ainda que a equipe de tecnologia da campanha também detectou endereços de IP das empresas de telefonia Net, GVT e Brasil Telecom, além de 11 IPs localizados geograficamente em Brasília. "Foi algo planejado e que custou", acrescentou Feldman, afirmando que o caso precisa ser investigando e que não estava vinculando nenhum partido rival ao ataque. Ainda assim, Feldman falou em ética e questionou como os computadores da Petrobras, que segundo ele teriam uma capacidade maior de blindagem, podem ter sido usados no ataque. "Nós queremos investigar como essas estruturas públicas foram utilizadas", afirmou Feldman, que disse que Marina recebeu com "tranquilidade" a informação de que computadores da estatal foram usados no ataque e que pediu que o caso fosse investigado. Segundo o Jornal Nacional, a prefeitura de Ivoti afirmou que o ataque pode ter partido de qualquer computador da cidade, já que o registro da Internet usada pela população é único. Ainda de acordo com o telejornal, a GVT disse que só poderá identificar o usuário quando for informada pela Justiça; a Oi, dona da Brasil Telecom, disse que a responsabilidade do uso é do cliente e a Net disse que os IPs foram usados por cliente. A UFMG não comentou.

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