CTC exclui 21 inadimplentes

Redução do quadro de associados para 161 representa perda de R$ 10 mi por ano no orçamento da entidade

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O Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), maior instituição de pesquisa de cana-de-açúcar do mundo, excluiu 21 grupos, usinas ou entidades associadas e reduziu seu quadro de sócios de 182 para 161.Segundo o presidente do Conselho de Administração do CTC, Roberto Rezende Barbosa, todos os ex-associados estavam inadimplentes. A saída deve reduzir em 20% - uma perda de R$ 10 milhões/ano - o orçamento anual da entidade, estimado em R$ 50 milhões.De acordo com Barbosa, todos os associados tiveram um prazo até 30 de outubro para renegociar a dívida correspondente à contribuição mensal para a manutenção da instituição, mas não acertaram os débitos. "Por causa da crise (do setor) houve inadimplência e, como temos orçamento de longo prazo, o conselho passou a atribuição de que teríamos mais condição de sustentar essa inadimplência; foi dado um prazo e o estatuto manda isso (desligamento)."O desligamento dos associados é a primeira forte queda na receita do CTC desde 2004, quando a entidade deixou de ser mantida apenas pela Copersucar e passou a ser aberta a todos representantes do setor sucroalcooleiro. Os impactos atingirão parte do orçamento de 2009 e de 2010, se não houver rápida recomposição no quadro associativo.Mas a perda de receita não prejudicará as pesquisas, garantiu Barbosa. Segundo ele, o CTC mantém um fundo de reserva para suprir perda de receitas. "Estamos utilizando essa reserva e não há absolutamente descontinuidade nas pesquisas, porque fomos preventivos. Agora temos de recompor o futuro." Entre as fontes de receita do CTC, além da contribuição do associado, estão os royalties sobre novas variedades de cana. "Royalties demoram para entrar, porque dependem da renovação de canaviais com essas novas variedades, o que não é rápido."Indagado se haveria a possibilidade de o inadimplente ser readmitido como associado, Barbosa sinalizou dificuldades. "Se regularizar tudo e solicitar a adesão novamente, tudo é possível, mas se a pessoa foi cobrada uma, duas, três vezes e não mostrou uma ação de cumprir...", disse .

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