Defesa de Bola tenta mostrar erros na investigação

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Por ALINE RESKALLA
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Começou por volta das 14 horas desta quarta-feira, 24, o interrogatório da última testemunha no julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, o delegado Edson Moreira. A defesa solicitou que ele seja ouvido na condição de testemunha e não de autoridade policial. Dessa forma, ele tem compromisso com a verdade. A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues deferiu o pedido. O advogado de Bruno Fernandes, Lúcio Adolfo, está no Fórum de Contagem (MG) para acompanhar o depoimento.Depois de perguntar sobre investigações que Moreira já presidiu, Ércio Quaresma, defensor de Bola, questionou sobre outros quatro delegados que atuaram no caso Bruno, pedindo que a testemunha informasse a função de cada um deles. Moreira respondeu e depois explicou que, na época em que Eliza Samudio desapareceu, circulou boato de que Bruno havia matado a ex-mulher Dayanne do Carmo. O defensor de Bola também perguntou por que policiais de Contagem investigam um caso ocorrido em Esmeraldas, e se o delegado sabia onde ficava o sítio de Bruno. Ele afirmou que não.O delegado Edson Moreira explicou que Contagem investigava o caso porque havia um mandado de prisão expedido no município. E que depois o caso foi transferido para Belo Horizonte por causa da grande repercussão e porque lá, segundo ele, os policiais teriam mais apoio.Mais cedo nesta quarta, a primeira testemunha a depor no Fórum de Contagem foi o jornalista José Clèves. Os advogados de Bola pretendem mostrar, com o depoimento, que o jornalista também teria sido vítima de erros de investigação por parte da polícia, conforme a tese da defesa para o indiciamento de Bola. Clèves foi acusado de matar sua mulher, mas foi inocentado.

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