ARSENAL NUMÉRICO
Além da ameaça de protestos contra os gastos com o Mundial, como os ocorridos na Copa das Confederações do ano passado, o país viveu a insegurança de não ter finalizadas a tempo as obras de infraestrutura em aeroportos e estádios.
Ainda assim, ministros utilizaram-se de um arsenal de números para defender que o evento foi bem-sucedido. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou que sua visão otimista apresentada antes da realização do evento não se baseava apenas na “fé” e na “confiança”.
“Nós tínhamos um acompanhamento rigoroso”, afirmou o ministro, que relatou visitas às cidades-sede, além de acompanhamentos estatísticos das obras dos estádios, acompanhando inclusive os fabricantes de materiais utilizados nas construção para garantir o cumprimento dos prazos.
Segundo Aldo, os estádios receberam mais de 3 milhões de pessoas, sendo que 1,4 milhão era de estrangeiros. O ministro lembrou ainda – e lamentou – a morte de operários nas obras e ainda a de dois jornalistas estrangeiros, já durante o Mundial.
Em Belo Horizonte, uma das cidades-sede da Copa, a queda de parte de um viaduto em construção deixou ao menos duas pessoas mortas e outras 23 feridas. A estrutura era parte das obras de mobilidade para o Mundial, mas não foi concluída a tempo.
Na área da Aviação Civil, o chefe da pasta, Moreira Franco, comemorou a "pujança" do setor ao citar o recorde batido em um só dia da Copa, 3 de julho, quando 548 mil passageiros circularam pelos aeroportos que atenderam à demanda do evento.
Valendo-se de uma pesquisa encomendada pelo Ministério do Turismo, o ministro Vinícius Lages afirmou que 95 por cento dos visitantes estrangeiros têm intenção de voltar ao país e que para 83 por cento deles a experiência no país atendeu ou superou suas expectativas.
Outros ministros, como José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Celso Amorim, da Defesa, também apresentaram dados sobre a mobilização de suas áreas para o evento. Foram mais de 177 mil profissionais de segurança pública, defesa e inteligência.
Dilma disse ainda que, após o Mundial, ficará para o Brasil um "imenso legado", não apenas material, mas também da "integração e da capacidade de trabalhar juntos".
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)