PUBLICIDADE

Dois militares dos EUA serão julgados por massacre

Incidente de 2005 no Iraque, causou indignação internacional; 24 morreram.

Por BBC Brasil
Atualização:

O Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira que um oficial e um soldado vão ser julgados por corte marcial por seu papel na morte de 24 civis na cidade iraquiana de Haditha, em 2005, num incidente que causou indignação internacional. Homens desarmados, mulheres e crianças morreram na mais grave alegação de crime de guerra contra soldados americanos no Iraque. O tenente-coronel Jeffrey Chessani, um comandante de batalhão, é o oficial de mais alta patente desde a guerra do Vietnã (de onde as tropas americanas sairam em 1973) a enfrentar uma corte marcial por ação em combate. Ele é acusado de negligência no cumprimento do dever e de não informar e nem investigar as mortes. O cabo Stephen Tatum é acusado de homicídio culposo, conduta irresponsável e agressão. Inicialmente oito militares haviam sido acusados de envolvimento nas mortes. Os promotores alegam que os fuzileiros sairam matando indiscriminadamente na cidade, na província de Anbar, no dia 19 de novembro de 2005, depois que a explosão de uma bomba à beira de uma estrada matou um de seus colegas. Mas a falta de evidências prejudicou os esforços de promotores militares de formalizar acusações contra a maioria dos soldados. As autoridades americanas só realizaram uma investigação completa do ocorrido três meses depois, quando um vídeo feito por um ativista local pelos direitos humanos mostrando as conseqüências da matança chegou à mãos da revista Time. Quando ficou claro que havia falhas nas declarações iniciais dos fuzileiros sobre as mortes, foi aberta uma investigação. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.