Draghi não vê necessidade urgente de mais cortes em taxas

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, não vê uma necessidade urgente para mais cortes na principal taxa de juros da zona do euro e também nenhum sinal de deflação, ele disse em uma entrevista publicada neste sábado. Embora a crise da zona do euro ainda não tenha sido vencida, existem muitos sinais encorajadores incluindo as recuperações econômicas em alguns países, suavizando os desequilíbrios comerciais e diminuindo os déficits orçamentários, afirmou ele. "Isso é mais do que teríamos esperado no ano passado", ele disse à revista alemã Spiegel. Questionado sobre mais cortes de taxas de juros depois que o BCE cortou sua principal taxa de refinanciamento a uma baixa recorde de 0,25 por cento em novembro, Draghi declarou: "no momento não vemos necessidade de qualquer ação urgente". No entanto, o italiano de 66 anos que lidera o BCE desde 2011 disse que não é "normal ou saudável" que as taxas reais de juros, as taxas que os poupadores recebem após considerar a inflação, sejam negativas. "Em alguns países elas são negativas, em outros positivas - até mesmo altas demais. Estamos muito atentos aos riscos desta fragmentação". Os riscos de bolhas de ativos como em alguns mercados imobiliários da Europa ou o risco de preços em queda são limitados, ele acrescentou. "Não estamos vendo qualquer deflação no momento... mas devemos tomar cuidado para não termos a inflação travada permanentemente abaixo de 1 por cento e então entrarmos na zona de perigo". (Por Alexandra Hudson)

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.