Eles podem comer o 's' à vontade

Olivier Anquier e Palmirinha provam suas afinidades no Mercadão, onde vão às compras para a ceia natalina

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Por Alline Dauroiz
Atualização:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Andar pela feira e receber elogios dos feirantes pode ser algo corriqueiro se você é jovem e jeitosinha, mas causar furor, ganhar frutas de graça e ser paparicada pelos donos das barracas aos 79 anos, só mesmo Palmirinha Onofre, culinarista que ficou pop depois de aparecer no Top 5 do CQC (Band) e, principalmente, após deixar a TV Gazeta, no fim de agosto.

 

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Convidada a fazer a ceia de Natal do Diário do Olivier - programa que estreia nova temporada nesta quinta-feira, às 22h30, no GNT -, a culinarista gravou na última quarta-feira, com Olivier Anquier, o episódio em que prepara paleta de porco, arroz com amêndoas, farofa, pêras ao forno e sonho. A receita da paleta, garante ela, é inédita e foi criada a caminho do Mercado Municipal, no centro de São Paulo, passeio acompanhado pelo Estadão.

 

 

 

Antes, às 10h30, Olivier foi à casa da culinarista, na Chácara Klabin, zona sul da capital, gravar entrevista e, claro, foi recebido com mesa farta de quitutes. "Sabe que eu realizei um outro sonho? Acho que não tenho mais nenhum depois desse: o Olivier tomou café da manhã comigo", conta uma Palmirinha radiante, mesmo tendo acordado às 5h30 para cozinhar. "Fiz pãozinho de liquidificador, mas o que ele mais gostou foi a torta de camarão. Fiz empadinha, brownie, geleia e uma meia lua de mel que ele também adorou", conta.

 

As compras no Mercadão começaram por volta das 13h30 e causaram balbúrdia assim que Olivier estacionou, com Palmirinha no banco do passageiro, seu indefectível Fusca verde - sim, é ele mesmo quem dirige pela cidade. "Lindo! Olha pra cá", gritavam senhoras de Campinas, fãs mais assanhadas do francês. "Ele é um charme, e ela, uma fofa. Adoro quando ela fala errado", diz a manicure Sonia Maria de Souza, de 40 anos.

 

Com destreza, os dois andaram pelo mercado em direção às bancas que costumam visitar. Na Casa dos Irmãos Borges, a recepção foi com vinho no copo de plástico e tábua de alho em conserva. Na banca de massas da Nancy, amiga de longa data de Palmirinha, um vaso de orquídeas e muito papo esperavam a dupla, que comeu generosos pedaços de frutas exóticas, salames e outros produtos, oferecidos de bom grado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fotos: Hélvio Romero/AE

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O caminho, porém, ficava mais difícil de transpor à medida que as pessoas se davam conta das presenças ilustres.

 

"Gente, é a Palmirinha?", pergunta um. "Sim, é ela e aquele ‘Não sei que lá’ Olivier", diz outro. Do outro lado do mercado, alguém diz: "Ele é aquele cozinheiro, né? Marido daquela que faz aquele programa de sexta-feira (referência a Débora Bloch, ex-mulher do francês)?" Apesar da fama e beleza do apresentador, que não se negou a tirar fotos e distribuir beijos e abraços, a sensação da tarde foi ela.

 

"Isso não é assédio, algo agressivo. É carinho, reconhecimento do nosso trabalho", explica Olivier. "E o que faz com que o meu telespectador seja próximo do dela, além de a TV a cabo ter se popularizado, é que a Palmirinha, assim como eu, não é chef e nunca se colocou como chef. A gente faz cozinha de casa, cozinha da gente, é família", diz o francês.

 

Por uma hora e meia, a pequena senhora caminhou, sorriu e respondeu aos questionamentos de onde está e para onde vai na TV, em meio a gritos de "Oi, amiguinha" e "Aê, Palmirinha, tá bem na fita, hein?!". E, feito uma garota, ouviu de um grupo de vendedores de fruta o elogio que lhe encheu os olhos: "Palmirinha, você é a mulher mais simpática da TV brasileira!"

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