Entulho do São Vito vai recapear via mais longa de SP

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Por AE
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Localizada na zona leste, a Avenida Sapopemba é a mais longa via pública paulistana. E, até o fim do ano, cinco de seus 23 quilômetros vão receber uma pavimentação especial, feita com o entulho dos Edifícios São Vito e Mercúrio, os famosos treme-tremes que por anos marcaram a paisagem da Avenida do Estado e que acabaram de ser demolidos em maio. O asfalto produzido a partir das ruínas dos prédios começou a ser aplicado entre os cruzamentos das Avenidas dos Sertanistas e Bento Guelf em setembro e deve ser finalizado no mês que vem."Desde o ano passado estamos reaproveitando as 64 mil toneladas de resíduos da demolição do São Vito, do Mercúrio e do entorno. No total, 62 ruas da cidade receberam ou receberão esse asfalto ecológico", explica o secretário adjunto das Subprefeituras Eugênio Pavicic, coordenador do projeto. Entre elas estão as Ruas Donato Alvarez, na Freguesia do Ó, zona norte, Nolina, em Guaianases, na zona leste, e Itapecoca, no Campo Limpo, na zona sul. "Com essa matéria-prima, temos uma economia de 20% a 30% nos custos de pavimentação", diz Pavicic.O processo de reaproveitamento do entulho começa com uma triagem. Pedras grandes são quebradas em pedaços menores, que depois passam por uma peneira que separa as pedras por tamanho. Dependendo da proporção, elas serão incorporadas a um determinado tipo de pavimentação. O maior trecho asfaltado com o material do São Vito e do Mercúrio ficará justamente na Avenida Sapopemba, a um custo de R$ 9,9 milhões aos cofres públicos. E a via é, sem dúvida, a mais emblemática entre as 62 vias escolhidas pela Prefeitura para a experiência.A Sapopemba cruza nada menos que quatro subprefeituras da cidade, recebe um tráfego de 74 linhas de ônibus, tem cerca de dez "casas do norte" e 32 igrejas de tudo que é credo, de tudo que é santo. "Já mudei de religião três vezes. Mas todas as igrejas ficam a menos de cinco quarteirões de minha casa", conta a dona de casa Maria Aparecida Ramos, 53 anos, que mora nas redondezas há mais de duas décadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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