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Estudo japonês sugere benefício do chá verde para o coração

Este trabalho se distingue dos demais por envolver um número extraordinário de pessoas - 40.530 adultos

Por Agencia Estado
Atualização:

Será que chá verde realmente protege contra derrames e câncer? Um estudo envolvendo mais de 40.000 pessoas, no Japão, sugere um sim e um não: a bebida pode reduzir o risco de derrame, mas não salva ninguém do câncer. Os autores do estudo dizem que suas descobertas poderão explicar por que os japoneses morrem menos de ataque cardíaco e derrame que os americanos. Mesmo assim, a resposta ainda não está definida: o chá verde já foi muito estudado, e muitas vezes, com resultados conflitantes. Meses atrás, a Administração de Drogas e Alimentos (FDA) dos EUA havia informado que uma análise não havia revelado nenhuma evidência digna de crédito de benefícios do chá verde contra doença cardiovascular. Já o Instituto Nacional do Câncer dos EUA diz que estudos sobre o chá e a prevenção de câncer em seres humanos tiveram resultados contraditórios, mas ainda há esperança. O trabalho atual foi financiado pelo governo japonês e será publicado na edição desta quarta-feira do periódico Journal of the American Medical Association. O médico Shinichi Kuriyama é o principal autor. Este trabalho se distingue dos demais por envolver um número extraordinário de pessoas - 40.530 adultos japoneses. Os que bebiam mais chá verde tinham menos chance de morrer de problemas cardiovasculares do que os que bebiam pouco, mas as chances de morrer de câncer não foram alteradas pelo volume de consumo. Como o consumo de chá verde é popular entre japoneses de todas as classes sociais, a pesquisa parece refutar uma crítica feita a trabalhos anteriores - de que os consumidores do chá são pessoas mais ricas e mais preocupadas com a saúde, fatos que poderiam distorcer os resultados. A despeito disso, os bebedores de grandes quantidades de chá que tomaram parte no estudo também tinham a tendência de comer mais frutas e verduras, e esse tipo de dieta também pode reduzir o risco cardiovascular, disse John Folts, um professor de Medicina.

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