Expansão do setor industrial brasileiro acelera em novembro--PMI

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Por Camila Moreira
Atualização:

A expansão do setor industrial brasileiro acelerou em novembro, em meio a um aumento da produção na taxa mais rápida em vinte meses e em linha com o volume maior de novos pedidos, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta segunda-feira. Ao atingir 52,2 em novembro, o PMI compilado pelo instituto Markit permaneceu acima da marca de 50 que separa crescimento de contração pelo segundo mês seguido. Em outubro, ele ficou em 50,2 em outubro. Os dados indicam uma melhora nos últimos meses do ano no setor que mais sofreu com a crise internacional, depois de ter sido beneficiado por medidas de estímulo do governo. Esse movimento já deu sinais no terceiro trimestre. De acordo com os números do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados na sexta-feira, a indústria mostrou uma leve recuperação entre julho e setembro na comparação com o período anterior, com crescimento de 1,1 por cento. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga na terça-feira os dados de outubro sobre a produção industrial, que em setembro registrou queda de 1 por cento sobre o mês anterior. EXPORTAÇÃO De acordo com o Markit, em novembro houve crescimento da produção no setor industrial pelo terceiro mês seguido, na taxa mais rápida desde março de 2011. Mas embora o volume de novos pedidos tenha crescido pelo segundo mês consecutivo, atingindo o nível mais rápido desde fevereiro do ano passado, as exportações continuaram caindo. O Índice de Novos Pedidos para Exportação ficou abaixo da marca de 50 em novembro, mantendo a tendência iniciada em abril de 2011. Mesmo assim, o volume de compras de insumos realizadas pelos fabricantes brasileiros aumentou em novembro pela primeira vez desde março. Segundo o Markit, a previsão de aumento da demanda levou as indústrias a comprarem insumos na taxa mais rápida em 20 meses, sendo que quase 19 por cento dos entrevistados citaram aumento nas compras, contra 9 por cento que relataram queda. Em relação aos estoques, enquanto os de pré-produção foram reduzidos, os de bens finais voltaram a subir em novembro após uma queda no mês anterior, com o respectivo índice ficando acima da marca de 50 pela primeira vez desde agosto de 2011. Já os níveis de contratação se mantiveram basicamente inalterados em novembro.

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