Uma falha sísmica ativa uma ou duas vezes nos últimos 20 mil anos e próxima a uma usina nuclear foi a causa do terremoto de 6,9 graus de magnitude, que atingiu a península japonesa de Noto em março, informou nesta terça-feira, 31, a agência de notícias Kyodo. Uma pessoa morreu e duzentas ficaram feridas. A falha, de 18 quilômetros de extensão, passa perto da usina atômica de Shika, da empresa Hokuriku Electric Power, que não foi danificada pelo terremoto. Já a central de Kashiwazaki, na vizinha província de Niigata, foi afetada por outro tremor, no dia 16 de julho. A usina nuclear de Kashiwazaki, a maior do mundo em capacidade de produção, sofreu mais de 50 falhas de funcionamento e vários escapes de resíduos tóxicos, após um tremor de 6,8 graus na escala aberta de Richter. O Instituto Nacional de Ciência Industrial Avançada e Tecnologia do Japão informou que o leito marinho ao sul da falha próxima à península de Noto, que somente esteve ativa uma ou duas vezes nos últimos 20 mil anos, se elevou 50 centímetros em conseqüência do tremor de março.