Governo aguardará sindicância antes de tomar providências sobre Pnad 2013

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O governo irá esperar a conclusão do trabalho da comissão de sindicância que irá apurar o erro do IBGE na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2013 para tomar providências sobre possíveis afastamentos de responsáveis do órgão, de acordo com informações da Agência Brasil. A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse em entrevista coletiva neste sábado que o governo “ficou chocado com o erro”, considerado gravíssimo, também de acordo com a Agência Brasil. O instituto vinculado ao Ministério do Planejamento corrigiu na véspera os resultados da Pnad de 2013, explicando que os erros ocorreram porque foi utilizada uma projeção de população incorreta em sete Estados que têm mais de uma região metropolitana. Por conta da projeção errada da população nas regiões metropolitanas, dados sobre a renda dos brasileiros e sobre a concentração de renda no país estavam errados. O Ministério do Planejamento determinou a criação de sindicância para apurar as razões dos erros e eventual "responsabilidade funcional, que caso se verifique poderá implicar em medidas disciplinares". Além disso, determinou a criação de uma comissão de especialistas independentes para avaliar a consistência da Pnad. De acordo com informações da Agência Brasil, a comissão terá 30 dias para analisar os fatos e a responsabilidade funcional e será formada por integrantes da Casa Civil, dos ministérios do Planejamento e da Justiça e da Controladoria-Geral da União (CGU). Na coletiva à imprensa deste sábado, Miriam Belchior disse que, ao ser informada do erro do IBGE, a presidenta Dilma Rousseff demonstrou perplexidade por um erro básico como o fato de não ter sido feito um processo de checagem e rechecagem dos dados. Ainda conforme a Agência Brasil, a ministra avaliou que não há problemas de orçamento e de pessoal no IBGE. "Houve um problema técnico básico de não ter sido feita a checagem dos dados", destacou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.