Governo libera R$ 10 mi para ações emergenciais no Rio

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Por Tania Monteiro
Atualização:

Depois de se reunir com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, o vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, anunciou, no Palácio do Planalto, que o governo federal liberou emergencialmente R$ 10 milhões para socorrer as vítimas dos estragos das chuvas da semana passada, que deixou pelo menos três mortos. Na reunião, Pezão informou que somente no início de janeiro será possível concluir um balanço dos estragos com o volume de recursos necessários para a realização de obras nas cidades. A estimativa, no momento, é de que serão necessários, no mínimo, R$ 150 milhões.Pezão não quis garantir que a população não irá enfrentar novos problemas de desabamentos e deslizamentos de terras com as chuvas na região serrana, que foi seriamente atingida no ano passado. "Tragédia num local que moram mais de 40 mil pessoas em área de risco, em Friburgo, tem sempre que ter cuidado", disse Pezão, justificando que podem ocorrer problemas de novo. Mas ele assegurou que "todas as obras que precisavam ser feitas estão em andamento na região Serrana, tanto em Petrópolis, Teresópolis, como em Friburgo. Todas, a gente ou está em licitação, ou está realizando".Segundo o vice-governador do Rio, os R$ 10 milhões iniciais serão para o cadastramento das pessoas que estão sendo atendidas por aluguel social e também para que seja dado início às limpezas das áreas. Serão pagos pelo menos quatro meses de aluguel social e ainda será feito o levantamento das demandas dos municípios. Ele listou algumas das obras necessárias: reconstrução de muitas encostas em São João do Meriti, Nilópolis, pontes em Nova Iguaçu, dragagem dos Rios Botas e Iguaçu, e em Japeri e Austin. "É basicamente dragagem, drenagem e ponte", comentou.EleiçõesO vice-governador do Rio de Janeiro afirmou ainda que o governador Sérgio Cabral poderá não deixar o Palácio Guanabara, em abril, para disputar as eleições em outubro. A princípio, Cabral é candidato ao Senado e Pezão ao governo do Estado, mas sua popularidade continua caindo dia a dia, o que está dificultando as negociações com partidos aliados.Questionado se Cabral pode desistir de se candidatar, Pezão respondeu: "ele tem de ver o que for melhor para nosso grupo todo, para o PMDB. Hoje ele fala que quer sair, mas política é muito dinâmica". Pezão emendou dizendo que o momento é de "ter tranquilidade, ir entregando as obras, trabalhando e olhar lá na frente". E completou: "eleição é só depois da Copa do Mundo, depois de o Brasil ganhar o hexa".

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