OPINIÕES CONSOLIDADAS
Segundo essa fonte, entretanto, a partir da próxima semana PT e governo passarão a mexer suas peças no tabuleiro da sucessão na Câmara. A eleição para presidente da Casa só ocorrerá em fevereiro de 2015, quando os novos deputados tomam posse.
"Acho que até o dia 12 tanto o governo quanto o PT vão ter opiniões sobre isso. Opiniões mais consolidadas (sobre a sucessão)", afirmou a fonte.
"Temos que ouvir os partidos da base e tentar montar um cenário para trabalhar", acrescentou.
PMDB e PT, que a partir de 2015 contará com a maior bancada na Casa, mantinham um acordo que previa rodízio no comando da Câmara. Com base nisso, seria a vez do PT apontar um candidato com apoio dos peemedebistas.
Na bancada do PT, no entanto, cresce o movimento daqueles que acreditam que será mais fácil derrotar Cunha apoiando uma candidatura de um dos partidos aliados e não de um petista.
Essa fonte disse, entretanto, que a tendência é que haja uma candidatura do PT, mas que essa decisão ainda será tomada a partir da próxima semana.
Nesta quarta, após uma reunião do conselho político do PMDB para debater a reforma política, o presidente do PMDB da Bahia, Geddel Vieira Lima, um dos caciques do partido, disse que o governo deveria evitar o confronto com Cunha e fazer uma aliança.
"O governo deveria negociar com Cunha para fazer uma aliança e poderia ganhar com isso", disse.
Segundo ele, o presidente nacional do PMDB e vice-presidente da República, Michel Temer, não tem como impedir ou interromper a construção da candidatura de Cunha para assumir a Câmara.
Temer e Cunha têm péssimas relações, que durante a campanha eleitoral se deterioram. O deputado capitaneou o movimento para tentar impedir a renovação da aliança do PMDB com o PT pela reeleição de Dilma.
"O Michel não tem o que fazer. Como ele vai se posicionar contra uma candidatura de um deputado do partido", disse Geddel a jornalistas.
(Reportagem adicional de Anthony Boadle)