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Greve de metroviários é 'calamitosa', diz Carvalho

Por Tania Monteiro
Atualização:

O ministro-chefe da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, disse nesta terça-feira, 10, que a greve dos metroviários em São Paulo é "calamitosa" e que o governo federal espera que ela não seja retomada. Carvalho apelou para que "haja entendimento" entre o governo estadual e os metroviários para que a população não seja prejudicada. Avisou ainda que, caso ocorram protestos violentos, "as forças de segurança federal serão acionadas" para garantir os direitos das pessoas.O ministro citou ainda que as duas maiores preocupações do governo são com a possibilidade de novas greves no Rio e São Paulo, "pela dimensão que as coisas podem tomar". As afirmações do ministro foram feitas na sede do Banco do Brasil, em Brasília, após participar da cerimônia de "entrega" de cisternas no semiárido de número 80 mil. Após a cerimônia, em entrevista, Gilberto Carvalho disse que não acredita que ocorram protestos violentos e que "o Brasil está preparado para conviver com protestos pacíficos". E avisou: "Nós entendemos que, havendo manifestações pacíficas, nós não teremos problemas. Teremos problemas sim, se houver tentativas de manifestações violentas, que tentem impedir o direito das outras pessoas de celebrar o evento desta magnitude. Aí, para isso aí, as forças de segurança terão de ser acionadas. Eu espero que isso não aconteça".Em sua fala, Carvalho defendeu o entendimento entre o governo de São Paulo e os metroviários, para que a greve do setor não ressurja na quinta-feira, 12, dia de abertura da Copa do mundo. "O governo federal espera que a greve não seja retomada, que haja um entendimento adequado em São Paulo e que não seja retomada de maneira alguma esta greve do metrô porque ela é calamitosa, não só para a Copa, para a cidade de São Paulo e para os moradores daquela cidade." O ministro declarou que não está conversando diretamente com o governador de São Paulo, mas reiterou a necessidade que se chegue a um entendimento.Para o ministro-chefe da Secretaria Geral, é preciso que se "deixe de lado o debate eleitoral e político em relação à Copa, e tiremos da Copa o proveito que ela nos traz". Na opinião de Carvalho, o momento é de se pensar na alegria, na celebração que a Copa pode proporcionar, os empregos que ela trará e "as obras de infraestrutura que, atrasadas ou não, vão ficar para o povo brasileiro".Ao repudiar protestos violentos, o ministro comentou que "não acredita que vão ocorrer manifestos massivos porque o clima do País mudou". Segundo ele, "as pessoas passaram a entender o que era a Copa, a ver que muitos dos números propalados antes não se verificaram na realidade, que as obras essenciais ficaram prontas, que a festa está ocorrendo".

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