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´Homem do gelo´ sangrou até a morte, dizem cientistas

Tomografia revela que Otzi teve uma artéria rompida por uma flecha

Por redacao
Atualização:

Mais de 5.000 anos depois de o caçador pré-histórico conhecido como Otzi ter expirado num pico alpino, cientistas afirmam ter determinado a causa de sua morte. Pesquisadores suíços e italianos usaram instrumentos médicos de última geração para examinar a múmia congelada, revelando que o homem sangrou até a morte depois de ser atingido nas costas por uma flecha, de acordo com artigo publicado no Journal of Archaeological Science. A flecha abriu um buraco na artéria abaixo da clavícula esquerda, provocando uma grande perda de sangue e choque, induzindo um ataque cardíaco. Mesmo hoje em dia, as chances de sobreviver a uma ferida desse tipo por tempo suficiente para receber socorro em um hospital é de 40%, segundo o artigo. O fato de a haste da seta ter sido arrancada antes da morte pode ter agravado a ferida, disse Frank Ruehli, da Universidade de Zurique, que realizou o estudo em conjunto com pesquisadores italianos. O uso de tomografia computadorizada de alta resolução - normalmente utilizada para diagnosticar pacientes vivos - permitiu que os pesquisadores criassem imagens tridimensionais de Otzi sem a necessidade dissecar a múmia. Otzi tornou-se uma celebridade depois que seu corpo, surpreendentemente bem preservado, ter sido descoberto em 1991, numa geleira a 3.210 metros de altitude, na fronteira austro-italiana.

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