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Hormônio da puberdade pode tratar infertilidade, diz estudo

A kisspeptina provoca a liberação de hormônios quando chega a puberdade

Por Agencia Estado
Atualização:

Alguns casos de infertilidade podem ser tratados com injeções de um hormônio que provoca a puberdade, de acordo com cientistas. Uma equipe de pesquisadores do Hammersmith Hospital, em Londres, demonstrou que injeções de kisspeptina estimulam a liberação de hormônios que controlam a menstruação. A kisspeptina provoca a liberação de hormônios da reprodução em crianças quando elas atingem a puberdade. Seres humanos que têm falta deste hormônio permanecem sexualmente imaturos. A descoberta foi apresentada em uma conferência da Sociedade de Endocrinologia na cidade de Birmingham, no norte da Inglaterra. Ovulação A produção de kisspeptina é controlada por um único gene, chamado KiSS-1 por pesquisadores em Hershey, no Estado americano da Pensilvânia. A equipe do Hammersmith Hospital queria verificar o efeito do hormônio sobre a ovulação de uma mulher. Para verificar sua segurança, eles injetaram pequenas doses em voluntárias saudáveis e monitoraram o seu efeito. Depois da injeção, as voluntárias tiveram um aumento na concentração de hormônio luteinizante (LH) no sangue - um hormônio necessário para a ovulação ocorrer. "Potencial futuro" A kisspeptina aumentou a concentração de LH em todos os estágios do ciclo menstrual, mas os efeitos foram maiores na fase pré-ovulatória. Waljit Dhillo, que liderou a pesquisa, disse: "A kisspeptina já demonstrou, no passado, estimular bastante a liberação de hormônio em animais, mas esta é a primeira vez que foi constatado que ele estimula a liberação de hormônio sexual em mulheres." "Nós poderemos agora procurar dar o hormônio para mulheres que não têm menstruação, cujos ciclos irregulares ou que têm menstruação mas não ovulam." "Um em cada nove casais é afetado por infertilidade e este pode ser um dos tratamentos." Simon Fishel, diretor do Care Fertility Group, disse: "Isto não é surpresa por causa do que já sabemos sobre kisspeptina, mas é interessante que eles tenham obtido estes resultados em mulheres." "Isto tinha que ser testado primeiro em mulheres saudáveis para mostrar sua tolerância, e que funciona." "Os pesquisadores agora têm que ver se tem potencial no futuro como tratamento", disse Fishel. include $_SERVER["DOCUMENT_ROOT"]."/ext/selos/bbc.inc"; ?>

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