Institutos fazem análise de água

Seja para consumo humano, para irrigação, piscicultura ou outro tipo de uso, é importante avaliar a qualidade

PUBLICIDADE

Por Fernanda Yoneya
Atualização:

No meio rural, saber a qualidade da água utilizada é essencial, independentemente de sua finalidade. Para consumo humano, limpeza, uso em irrigação e em projetos de aqüicultura, dispor de água potável é questão de segurança. Para saber a qualidade da água a ser consumida ou utilizada, há laboratórios que fazem análise de amostras. A Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), em Piracicaba (SP), presta serviço de análise microbiológica da água, que avalia a potabilidade, para consumo humano, e condições para uso em irrigação e piscicultura. Segundo o professor Claudio Rosa Gallo, do Laboratório de Microbiologia de Alimentos do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição (LAN), a avaliação de potabilidade obedece à portaria 518, do Ministério da Saúde. Já o serviço voltado ao uso da água em irrigação e piscicultura segue as resoluções específicas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Na Esalq, o frasco para coleta de amostras e as instruções de coleta são fornecidos pelo laboratório. Se o interessado optar por coletar a amostra por conta própria, deve utilizar bolsas plásticas ou frascos de vidro esterilizados. ''É importante esterilizá-los. Pode ser em estufa ou forno doméstico, desde que seja a uma temperatura de 160 graus durante duas horas'', ensina Gallo. Torneiras Para coletar amostras de torneiras, deve-se deixar a água correr por dois minutos antes de encher o vidro. Deve-se fazer a assepsia da torneira, com álcool ou detergente, para evitar contaminação da amostra. ''Para a análise microbiológica, 100 mililitros são suficientes'', diz. Na Esalq, o serviço de análise que indica a presença ou ausência de coliformes totais e E. coli custa R$ 30. A análise que também quantifica a população de bactérias custa R$ 40. ''O laudo sai em 72 horas e informa se a água é potável, suspeita ou não potável, conforme a intenção de uso.'' O Instituto Adolfo Lutz, da Secretaria de Estado da Saúde, faz, além da análise microbiológica de água, análise de toxinfecção (em casos de doença veiculada por água), análise de água de piscina, de água mineral e de gelo, entre outras. Amostras de água para consumo humano são analisadas com base em metais pesados, resíduos de pesticidas e a partir de parâmetros físico-químicos, como aspecto, odor, cor e turbidez. Irrigação e piscicultura O instituto também faz ensaios microbiológicos em águas para irrigação, piscicultura e preservação de ambientes aquáticos. O laboratório do instituto fornece recipientes para a coleta de amostras. As recomendações básicas são lavar as mãos, abrir o frasco somente no momento de coleta da amostra e fechá-lo imediatamente após e não tocar o interior do recipiente e da tampa. A amostra deve ser identificada e, no transporte, ser acondicionada em caixa isotérmica contendo gelo reciclável. O tempo entre a coleta e a entrega da amostra não deve ultrapassar 12 horas. Tanto a análise microbiológica de presença e ausência de coliformes totais e E. coli quanto a de quantificação de microrganismos custam R$ 40/amostra. O laudo é emitido em 30 dias. Informações: Esalq, (0 - 19)3429-4131; Adolfo Lutz, tel. (0 - 11) 3068-2941; IB, tel. (0 - 11) 5087-1701

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.