Iphan tomba mausoléu de Santos Dumont

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Por AE
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O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tombou provisoriamente o Mausoléu Ícaro, que abriga os restos mortais de Santos Dumont (1873-1932), no Cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio. "É um dos mais procurados, ao lado do de Cazuza, Carmen Miranda, Clara Nunes e Chacrinha", diz o funcionário da Santa Casa Ideraldo da Silva Abreu, de 52 anos, que há 15 trabalha no cemitério. Se for ratificado pelo Conselho Consultivo do órgão, será o primeiro tombamento desse tipo no Estado do Rio. "Trata-se de uma formalidade. Não conheço nenhum caso de tombamento provisório que não tenha sido seguido pelo conselho", diz o superintendente do Iphan no Rio, Carlos Fernando Andrade. Vizinho de jazigos simples como o de Tom Jobim (1927-1994) e Luiz Carlos Prestes (1898-1990), o monumento chama a atenção. Protegido pela copa de uma árvore, é composto por um pedestal em pedra e uma escultura em bronze, no topo, de aproximadamente três metros, da figura mitológica de Ícaro. Está bem conservado. "Este jazigo que mandei construir para última morada de meus pais, junto dos quais desejo vir descansar, é cópia do monumento levantado em um arrabalde de Paris, em 1913, pelo Aero Club da França", anuncia uma placa assinada por Santos Dumont. Segundo o Iphan, a obra original é de autoria de George Colín e foi produzida para homenagear o inventor brasileiro. A reprodução que se encontra no cemitério foi usada na exposição internacional em Comemoração ao Centenário da Independência, em 1922. Ao término do evento, Santos Dumont foi presenteado com a escultura. Administrado pela Santa Casa de Misericórdia, o São João Batista foi inaugurado em 1852. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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