Israel liberta palestinos antes da visita do secretário de Estado dos EUA

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Por Redação
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Israel libertou 26 prisioneiros palestinos nesta terça-feira, alguns dias antes da visita do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que viaja ao Oriente Médio a fim de pressionar os dois lados a estruturar um acordo de paz. Israel concordou em libertar 104 prisioneiros palestinos como parte de um esforço intermediado pelos Estados Unidos que em julho possibilitou a retomada das negociações após um hiato de três anos. A soltura de presos nesta terça-feira, véspera do Ano Novo, representa o terceiro de quatro grupos que devem ser liberados. Na sexta-feira, um agente israelense revelou que, após a libertação, seria anunciada a construção de 1.400 casas para israelenses na Cisjordânia, território que os palestinos querem que faça parte de seu futuro Estado, junto à Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental. O grupo de presos, detidos antes ou logo após o primeiro acordo de paz entre israelenses e palestinos ter sido assinado há 20 anos, finalmente ganhou a liberdade, enquanto israelenses descontentes com a anistia protestavam em Jerusalém. O presidente palestino, Mahmoud Abbas, recebeu os ex-detentos em Ramallah. "Prometemos a vocês que não será a última vez e que haverá mais grupos novos de chegando até nós com frequência no futuro próximo, se Deus quiser", disse Abbas. "Os heróis estão de volta", gritaram centenas de pessoas enquanto os ex-presos eram carregados nas ruas do enclave palestino. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou as comemorações palestinas, dizendo: "Assassinos não são heróis. Esse não é o caminho para fazer a paz".

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