Justiça do Rio retoma audiência do caso Amarildo

Serão ouvidos nesta quarta testemunhas e PMs acusados pelo desaparecimento e morte presumida do pedreiro

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Por Marcelo Gomes
Atualização:

RIO - Será retomada às 13h desta quarta-feira, 12, a audiência de instrução e julgamento do processo em que 25 policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Favela da Rocinha, na zona sul do Rio, são acusados de envolvimento no sumiço e morte presumida do pedreiro Amarildo Dias de Souza, de 43 anos.

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O processo tramita na 35ª Vara Criminal do Rio. Na primeira sessão da audiência, realizada em 22 de fevereiro, foram ouvidas três das 19 testemunhas de acusação: os delegados Rivaldo Barbosa e Ellen Souto, e o inspetor Rafael Rangel. Lotados na Divisão de Homicídios (DH), os três estiveram à frente das investigações.

Nesta quarta-feira, a juíza Daniella Alvarez Prado vai continuar a ouvir testemunhas arroladas pelo Ministério Público. Caso não haja tempo para todos os depoimentos, uma nova sessão será marcada. Depois, prestarão depoimento as testemunhas de defesa dos réus. Ao final, os réus serão interrogados.

Dos 25 PMs, 13 aguardam o julgamento presos preventivamente. Eles respondem pelos crimes de tortura seguida de morte, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e fraude processual.

O pedreiro Amarildo está desaparecido desde a noite de 14 de julho do ano passado, quando foi conduzido por PMs de sua casa à sede da UPP "para averiguação". O corpo jamais foi localizado.

Em fevereiro deste ano, a 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça declarou a morte presumida de Amarildo. A morte presumida substitui o atestado de óbito, e permite à família receber pensão ou indenização.

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