Guarda-costas escoltaram Aleksandar Vucic no meio da multidão enfurecida que gritava e vaiava o premiê. Muitos subiram uma colina que ficava atrás da delegação sérvia, que teve de correr para seus carros. Uma fonte do governo bósnio disse que a delegação deixou o local às pressas.A cena marcou uma cerimônia para comemorar o dia em que Srebrenica, designada como um refúgio seguro pelas forças de paz das Nações Unidas, foi invadida pelas as forças bósnias apoiadas pela Sérvia, nos meses finais da guerra que durou de 1992 a 1995.
Cerca de 8 mil homens e meninos muçulmanos foram executados ao longo dos cinco dias seguintes. Os corpos foram jogados em covas, apenas para serem desenterrados meses mais tarde e espalhados em túmulos menores em um esforço para ocultar o crime. Mais de mil ainda não foram encontrados. Os restos de 136 vítimas identificadas recentemente foram enterrados neste sábado.
A Sérvia, que apoiou as forças servo-bósnias com homens e dinheiro durante a guerra, conseguiu na semana passada que a sua aliada Rússia vetasse uma resolução da ONU com apoio britânico que teria condenado a negação de Srebrenica como genocídio, como um tribunal da ONU decidiu que era.