Lucro da AmBev cresce 21% no 2o trimestre

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Por Redação
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A AmBev fechou o segundo trimestre com alta de 21,3 por cento no lucro líquido, apesar de uma base de comparação forte com o período da Copa do Mundo de 2010 e temperaturas mais baixas no período. A empresa preferiu praticar uma diferença de preços ante concorrentes acima da média histórica no mercado de cerveja brasileiro, o que impulsionou a geração de caixa apesar de quedas no volume vendido e na participação de mercado na comparação anual. Apesar de considerar o desempenho da indústria de bebidas como fraco no Brasil no segundo trimestre, a companhia que integra a maior cervejaria do mundo, a AB InBev, informou no balanço que deve lançar até o final de agosto a marca norte-americana de cerveja Budweiser. Para o restante de 2011, a companhia espera melhora nos custos e na margem Ebitda em relação ao ano passado, quando teve de incorrer em despesas adicionais com latas importadas. "A expectativa é que nosso custo por hectolitro no ano fique em linha com a inflação. Além disso, as margens devem crescer também devido aos custos logísticos extras incorridos em 2010, que já diminuiram no segundo trimestre e devem melhorar ainda mais no segundo semestre", afirma o diretor geral da AmBev, João Castro Neves, no balanço. A fabricante mantém plano de investimento de 2,5 bilhões de reais em investimento em 2011 no Brasil, apesar da desaceleração da indústria de bebidas. A expectativa é que o quadro comece a se reverter em 2012, diante da previsão de aumento do salário mínimo de 7,5 por cento em termos reais para o início do próximo ano. A alta no lucro da fabricante de bebidas no segundo trimestre também foi impulsionada por um melhor resultado financeiro, que saiu de despesa de 105,5 milhões de reais um ano antes para despesas de 25,4 milhões no segundo trimestre. A AmBev teve lucro líquido de 1,83 bilhão de reais de abril a junho, ante 1,51 bilhão de reais no segundo trimestre de 2010. A companhia apurou geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de 2,58 bilhões de reais, crescimento anual de 7,1 por cento. A margem no período passou de 42,4 para 44,4 por cento. "Fomos capazes de crescer nossa margem Ebitda principalmente em função da nossa estratégia de preços e de iniciativas de gerenciamento de despesas", afirmou Neves no balanço. No total, as vendas em volume da empresa, que tem operações que vão do Canadá à Argentina, caíram 1,9 por cento no segundo trimestre sobre o mesmo período do ano passado. Mas diante de preços maiores, a receita líquida cresceu 2,3 por cento, a 5,8 bilhões de reais. (Por Alberto Alerigi Jr.)

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