O Mali se prepara para liberar 108 pessoas que estão em quarentena devido ao Ebola, um anúncio esperado para mostrar que o país conseguiu conter a disseminação da doença. O país se tornou o sexto da África Ocidental a registrar um caso de Ebola, quando uma menina de 2 anos morreu no mês passado. A morte levou a uma busca urgente por qualquer pessoa que poderia ter sido infectada por ela durante a viagem de 1.200 quilômetros em ônibus da Guiné à cidade de Kayes (Mali). O Ministério da Saúde do Mali deve confirmar ainda nesta segunda-feira que 29 pessoas que podem ter mantido contato com a menina durante uma parada de duas horas em Bamako, junto com outras 12 pessoas em Kayes, deverão ser liberadas da quarentena de 21 dias na terça-feira. Outros 67 possíveis contatos, incluindo três parentes que viajaram com a menina e 33 profissionais de saúde, devem ficar livres da quarentena no sábado. "Se tudo correr bem, até sábado todos os 108 que nós estamos acompanhando estarão seguros e completarão os 21 dias", disse o representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) Ibrahima Soce Fall. A epidemia, que matou quase 5.000 pessoas, está se agravando em Serra Leoa, se mantém estável na Guiné, mas tem se reduzido na Libéria, os três países africanos mais atingidos pelo Ebola.