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Marina assume 2ª posição e venceria Dilma num 2º turno, mostra pesquisa CNT/MDA

A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, assumiu o segundo lugar da corrida presidencial, abrindo larga vantagem sobre Aécio Neves (PSB) e se aproximando da presidente Dilma Rousseff (PT) no primeiro turno, mostrou pesquisa CNT/MDA, que indicou ainda vitória da ex-ministra sobre os dois adversários em uma segunda rodada. Marina alcançou 28,2 por cento das intenções de voto, muito à frente dos 16 por cento de Aécio, enquanto Dilma chegou a 34,2 por cento. A pesquisa, divulgada nesta quarta-feira, mostrou que num eventual segundo turno Marina venceria a presidente por 43,7 por cento a 37,8 por cento. Se o segundo turno fosse entre a candidata do PSB e Aécio, a vitória seria ainda mais folgada: 48,9 por cento contra 25,2 por cento do tucano. Na simulação entre a petista e o tucano, a presidente que busca a reeleição ganharia por 43 a 33,3 por cento. O levantamento, encomendado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), é o primeiro do instituto MDA desde que Marina assumiu a candidatura do PSB no lugar de Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo há duas semanas. Campos aparecia em um distante terceiro lugar nas pesquisas para a eleição de outubro. Pesquisa Ibope divulgada na terça-feira já havia mostrado Marina em segundo lugar com 10 pontos de vantagem sobre Aécio no primeiro turno. O levantamento também mostrou a ex-ministra vencendo a presidente em um eventual segundo turno. [nL1N0QX0KN]

Por MARIA CAROLINA MARCELLO
Atualização:

REJEIÇÃO, DIFICULDADES E INCERTEZAS

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O diretor do instituto MDA, Marcelo Souza, afirmou que um dos dados detectados pela pesquisa sinalizam dificuldades tanto para Dilma quanto para Aécio num eventual segundo turno.

O levantamento apontou que 45,5 dos entrevistados não votariam de jeito nenhum em Dilma, enquanto 40,4 por cento disseram o mesmo sobre Aécio. Já a candidata do PSB teve 29,3 por cento de rejeição.

"Esses níveis de rejeição acima de 40 por cento, 45 por cento, eles têm um impacto muito negativo quando a disputa é para o segundo turno", disse Souza.

"(No segundo turno) tem só dois candidatos, a soma é 100 por cento. Então se eu tenho alguém que 50 por cento não votaria de jeito nenhum, ele não teria como atingir 50 mais um dos votos válidos", explicou.

Já o diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, avaliou que a comoção nacional causada pela morte de Campos e as preocupações com o cenário econômico explicam os números da pesquisa, mas ainda é cedo para dar a eleição como decidida.

"Hoje ainda não existe definição de quem serão os dois candidatos ao segundo turno", disse Batista em entrevista após a divulgação dos dados.

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"A campanha ainda está aberta... Ainda tem um período talvez não tão longo, mas muito importante em termos de instensidade em que o eleitor vai conseguir avaliar as propostas dos candidatos, a capacidade gerencial de cada um deles", afirmou, acrescentando que a comoção é justamente um dos fatores que trazem incerteza às previsões eleitorais.

O diretor-executivo da CNT acrescentou ser possível afirmar que boa parte dos votos que migraram para Marina haviam sido computados em pesquisas anteriores como brancos e nulos.

Mas a ex-senadora também recebeu votos de eleitores de Aécio e em menor quantidade da fatia que declarava voto em Dilma, além de pequenas migrações dos votos de indecisos e dos outros candidatos.

AVALIAÇÃO DE GOVERNO

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De acordo com a pesquisa CNT/MDA, as avaliações positiva e negativa do governo Dilma permaneceram estáveis em relação a levantamento feito entre 8 e 12 de agosto, com 33,1 por cento avaliando positivamente e 28,8 por cento negativamente agora, ante 33,2 por cento e 28,9 por cento, respectivamente.

A aprovação pessoal de Dilma foi a 47,4 por cento, ante 48,8 por cento no início de agosto, e a desaprovação ficou em 47,4 por cento, ante 47,6 por cento.

Para a pesquisa, foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 137 cidades das cinco regiões do país, entre os dias 21 e 24 de agosto, segundo a CNT. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos.

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