Mercadante defende regulamentação da participação social nas políticas públicas

O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, defendeu nesta quarta-feira o decreto presidencial que regulamenta a participação social nas políticas públicas e que tem sido alvo de embate político no Congresso, levando partidos a obstruir votações na Câmara reivindicando a revogação da medida. Segundo o ministro, o decreto da presidente Dilma Rousseff não traz novidades sobre o processo de consulta popular, apenas regulamenta como esse debate deve ser feito com o Executivo. "O que nós estamos fazendo não interfere nas prerrogativas do Legislativo, que são intocáveis para o nosso governo, para a Constituição Federal e para a democracia", disse o ministro, que convocou uma entrevista para defender a iniciativa. "Esse decreto não cria nenhum conselho. Os conselhos já existem", disse o ministro. "Estamos buscando aprimorar a participação social. Estamos fomentando", argumentou. Os críticos do decreto dizem que o governo está adotando medidas para enfraquecer o Congresso e criar caminhos para uma democracia direta. O decreto regulamenta como os conselhos de políticas públicas, as conferências nacionais, as audiências públicas, entre outras iniciativas da sociedade civil, podem funcionar e contribuir para as ações do governo. "O Brasil precisa de mais democracia e não menos democracia", disse Mercadante para defender a iniciativa do governo. "Precisamos fomentar no Brasil a cultura de participação cidadã e a cidadania vai além da condição do cidadão de eleitor. Cidadão não deve só votar", argumentou. "Precisamos governar não apenas para o cidadão, mas com o cidadão", disse.

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

(Reportagem de Jeferson Ribeiro)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.