Mercosul discute ampliação do bloco e protecionismo

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Por Redação
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Países integrantes do Mercosul iniciaram nesta sexta-feira reunião de chefes de Estado em Brasília, sob expectativa de avanços na adesão de Bolívia e Equador como membros plenos, em meio ao aumento de políticas protecionistas de países do bloco. O encontro encerra a presidência rotativa do Brasil e é o primeiro a ter a Venezuela como membro pleno do bloco, mas não terá a presença do presidente Hugo Chávez, o que alimentou rumores sobre seu real estado de saúde, após ter sido diagnosticado com câncer por duas vezes nos últimos dois anos. Chávez, de 58 anos, reapareceu em Caracas nesta sexta, após ter passado por tratamento médico relacionado ao câncer em Cuba. O líder socialista era esperado no encontro em Brasília e não houve uma justificativa oficial para sua ausência. A Venezuela será representada no encontro pelo ministro de Energia e Hidrocarbonetos, Rafael Ramírez. A cúpula abordará o ingresso da Bolívia, que está em processo avançado, e Equador, ainda em fase informal, ao bloco formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai, que segue suspenso devido ao processo relâmpago que levou ao impeachment do ex-presidente Fernando Lugo, em junho. Chanceleres do bloco mantiveram na quinta-feira a suspensão do país até a realização das próximas eleições presidenciais, em abril do ano que vem. A adesão venezuelana se deu à revelia do Paraguai, cujo Congresso era o único a não ter aprovado a entrada do país. As discussões também abordarão melhoras de infraestrutura na região e obstáculos protecionistas, que marcaram as relações entre países do bloco no último ano. Dilma e a presidente argentina, Cristina Kirchner, realizarão um encontro bilateral após a cúpula, no qual questões econômicas deverão ser abordadas entre as líderes das duas maiores economias da região. A presidente Dilma reuniu-se com seu colega uruguaio, José Mujica, pela manhã, antes do início da cúpula. (Reportagem de Hugo Bachega)

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