Morre ciclista atropelado em Torrinha (SP)

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Por CHICO SIQUEIRA
Atualização:

O ciclista Tiago Alexandre Ramos, de 25 anos, que sofreu um grave acidente na sexta-feira, 27, num cruzamento da cidade de Torrinha, na região de Bauru, não resistiu aos ferimentos e morreu nesta quarta-feira, 02, na Santa Casa de Jaú, onde estava internado. Ramos, que é agricultor, atravessava de bicicleta a esquina das ruas Augusta Balbina e Guilherme Perlati, quando foi atingido violentamente por um carro que transitava em alta velocidade. Câmeras de segurança registraram o acidente. Ramos atravessa o sinal de pare e foi surpreendido pelo carro. O impacto da batida foi tão forte que a bicicleta de Ramos "voou" para o teto de uma casa, quebrou diversas telhas e se despedaçou. O ciclista foi jogado para cima e depois arrastado, segundo testemunhas, por cerca de 20 metros. O motorista do carro, fugiu do local do acidente sem prestar socorro.Identificado pela Polícia Civil, o operário José Celiano da Silva, de 29 anos, que dirigia o carro, se apresentou à polícia na segunda-feira, 30. Silva, que não tem carteira de habilitação, disse ter fugido para Mineiros do Tietê (SP) depois da batida e que não parou com medo de ser agredido por populares. Ele contou que dirigia o carro a 80 km/h - acima do limite da via, de 40km/h. O corpo de Ramos foi enterrado na manhã desta quinta-feira, 03, no cemitério de Torrinha. Revoltados com a violência do acidente e com o fato de o motorista não ter parado para prestar socorro, amigos e familiares pediam justiça. "A gente só quer justiça, porque se não for feita, o caso do meu irmão poderá ser apenas mais um de tantos outros", disse Bianca Sanches, irmã de Tiago.O delegado Douglas Falsarella Brandão do Amaral, que conduz o inquérito sobre o caso, disse que o motorista deverá responder por homicídio culposo, com agravantes de falta de habilitação, por ter praticado o crime sobre faixa de pedestre ou calçada e de fugir sem prestar socorro, infrações previstas nos artigos 303 e 305 do Código Brasileiro de Trânsito (CBT), cujas penas podem chegar a quatro anos de prisão.

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