PUBLICIDADE

Morte de índia extingue língua de tribo no Alasca

Marie Jones Smith ajudou acadêmicos a compilarem um dicionário da língua.

Por Da BBC Brasil
Atualização:

A última falante da língua indígena Eyak, tribo localizada no nordeste do Alasca, morreu nesta quarta-feira, aos 89 anos, em Anchorage, principal cidade do Estado americano. Segundo especialistas em linguagem, com a morte de Marie Smith Jones, a língua Eyak está extinta. De acordo com o correspondente da BBC em Los Angeles, Peter Bowes, a veterana fazia campanhas para preservar a língua e ajudou acadêmicos da Universidade do Alasca a compilarem um dicionário de Eyak. A família de Jones conta que ela queria manter um registro escrito da língua para que as futuras gerações tivessem a chance de ressuscitar o idioma. Jones era a chefe honorária da nação Eyak e considerada a última representante da tribo, apesar de ter tido nove filhos, frutos de seu casamento com um pescador. Dos nove filhos, sete ainda são vivos, mas nenhum deles fala o Eyak. Segundo o lingüista Michael Krauss, que trabalhou com Jones, ela encarou a responsabilidade de ser a última representante da tribo pelos últimos 15 anos com "dignidade, graça e leveza de espírito". Atualmente, cerca de 20 línguas nativas correm risco de extinção no Alasca. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.