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MPE recomenda 'calamidade' por falta de água em Itu

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Por José Maria Tomazela
Atualização:

O Ministério Público do Estado de São Paulo recomendou à prefeitura de Itu, na região de Sorocaba, a decretação de estado de calamidade pública em razão dos transtornos causados à população pela falta de água na cidade. Com o nível dos reservatórios quase zerado, os 156 mil moradores convivem com o racionamento desde fevereiro. A população recebe água em dias alternados, mas em alguns bairros o abastecimento ocorre uma vez a cada três dias.A Promotoria de Justiça de Itu notificou o prefeito Antonio Tuíze (PSD) para que se abstenha de autorizar novos empreendimentos imobiliários pelo prazo mínimo de um ano. Um inquérito civil público vai apurar se existe responsabilidade da prefeitura ou da concessionária de saneamento pela crise no abastecimento. De acordo com a promotoria, a falta de água no município não se restringe aos períodos de estiagem. Os cinco reservatórios usados para a captação têm baixa capacidade de armazenamento.A prefeitura tem prazo de trinta dias, contados a partir de segunda-feira, 28, para apresentar um plano de abastecimento pleno da cidade. Nesta terça-feira, 29, moradores reclamaram que a água racionada está chegando às torneiras turva e com odor ruim. A concessionária Águas de Itu atribuiu o problema ao acúmulo de cloro e flúor nos encanamentos e alertou a população para evitar o consumo da água, embora tenha ressaltado que não há risco à saúde.Sobre a recomendação do MPE, a prefeitura informou que está buscando alternativas para solucionar os problemas de abastecimento, inclusive cobrando da concessionária medidas para amenizar a falta de água. "Desde que foi notificada, está sendo estudada a melhor maneira para atender as recomendações do Ministério Público, no que cabe ao Poder Executivo", informou em nota. A Águas de Itu informou que a estiagem se prolonga além dos índices históricos e está adotando medidas para manter o abastecimento emergencial.

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