REMÉDIO AMARGO
Já o programa da presidente Dilma teve como ponto central a nova classe média, citando programas e realizações do atual governo que já tem esse estrato como alvo e prometendo mais atenção à camada, que segundo a presidente, é “a face mais visível” dos avanços de seu governo.
“Em um segundo governo, eu quero apoiar ainda mais fortemente a nova classe média. Vou ampliar programas que já existem e criar outros novos. Porque eu sei que grande parte do futuro e do crescimento do Brasil dependem do fortalecimento da classe média”, disse a presidente. “Afinal, ela já é a maioria da população e tem que melhorar de vida cada vez mais.”
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, padrinho político e maior cabo eleitoral de Dilma, também participou do programa em uma nova gravação.
Ele pede uma “reflexão” aos telespectadores “do fundo do coração”, e descreve um tempo que não havia valorização do salário mínimo, crescimento do emprego, acesso a bens como carro zero, casa própria ou chances de andar de avião ou entrar na universidade, referindo-se, sem ser direto, à gestão do PSDB à frente do país.
“Os mais jovens talvez não se lembrem desse tempo, mas seus pais certamente se lembrarão”, disse o ex-presidente, acrescento que 12 anos atrás, quando assumiu a Presidência, “tudo isso começou a mudar”.
“Aqueles mesmos que diziam que era impossível nascer um novo Brasil, este novo Brasil que todos vocês ajudaram a construir, são os mesmos que tentam voltar agora. E dizem que têm um remédio para todos os males do Brasil”, afirmou Lula.“Pode estar certo que qualquer remédio deles tem o gosto amargo do desemprego, do arrocho salarial e da falta de oportunidade.”
(Por Maria Carolina Marcello; Edição de Alexandre Caverni)