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Na TV, Aécio vai para cima da corrupção na Petrobras, Dilma foca na nova classe média

A propaganda eleitoral de TV do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, foi com tudo para cima do tema da corrupção na Petrobras nesta quinta-feira, enquanto a presidente Dilma Rousseff (PT) utilizou seu programa para prometer mais atenção à nova classe média. Logo no início da propaganda tucana, são exibidas imagens de grandes gotas negras caindo em um barril de petróleo quase cheio. “Gota a gota, o atual governo vem destruindo a Petrobras. De escândalo em escândalo, o governo Dilma permitiu que a nossa maior empresa virasse um caso de polícia. E está levando a Petrobras ao fundo do poço. É hora de mudar, porque disso o Brasil já está cheio”, diz um locutor, enquanto o barril transborda. Para reforçar a indignação com as denúncias de um suposto esquema de superfaturamento em contratos da Petrobras que beneficiariam PT, PP e PMDB, segundo um ex-diretor da estatal, Aécio afirmou que “não dá mais para aguentar e achar que isso é normal”. “O Brasil não merece o governo que está tendo. Eu sou hoje candidato à Presidência da República é para transformar essa indignação que eu sei não é só minha, é de milhões de brasileiros, em um governo honrado, em um governo qualificado”, disse o tucano, em declaração já exibida em programas anteriores e reprisado na noite desta quinta.

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Por Redação
Atualização:

REMÉDIO AMARGO

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Já o programa da presidente Dilma teve como ponto central a nova classe média, citando programas e realizações do atual governo que já tem esse estrato como alvo e prometendo mais atenção à camada, que segundo a presidente, é “a face mais visível” dos avanços de seu governo.

“Em um segundo governo, eu quero apoiar ainda mais fortemente a nova classe média. Vou ampliar programas que já existem e criar outros novos. Porque eu sei que grande parte do futuro e do crescimento do Brasil dependem do fortalecimento da classe média”, disse a presidente. “Afinal, ela já é a maioria da população e tem que melhorar de vida cada vez mais.”

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, padrinho político e maior cabo eleitoral de Dilma, também participou do programa em uma nova gravação.

Ele pede uma “reflexão” aos telespectadores “do fundo do coração”, e descreve um tempo que não havia valorização do salário mínimo, crescimento do emprego, acesso a bens como carro zero, casa própria ou chances de andar de avião ou entrar na universidade, referindo-se, sem ser direto, à gestão do PSDB à frente do país.

“Os mais jovens talvez não se lembrem desse tempo, mas seus pais certamente se lembrarão”, disse o ex-presidente, acrescento que 12 anos atrás, quando assumiu a Presidência, “tudo isso começou a mudar”.

“Aqueles mesmos que diziam que era impossível nascer um novo Brasil, este novo Brasil que todos vocês ajudaram a construir, são os mesmos que tentam voltar agora. E dizem que têm um remédio para todos os males do Brasil”, afirmou Lula.“Pode estar certo que qualquer remédio deles tem o gosto amargo do desemprego, do arrocho salarial e da falta de oportunidade.”

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(Por Maria Carolina Marcello; Edição de Alexandre Caverni)

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