Notebooks são furtados da Câmara Municipal paulistana

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Por ADRIANA FERRAZ E DIEGO ZANCHETTA
Atualização:

Formada por 49 policiais militares e 32 guardas-civis metropolitanos, a equipe de seguranças da Câmara Municipal de São Paulo não conseguiu evitar o furto de quatro notebooks do plenário da Casa. O crime ocorreu na tarde de terça-feira (16). Orientados por uma mulher posicionada no mezanino, três homens trajando roupas sociais aproveitaram o intervalo dos trabalhos para agir. O grupo pegou os equipamentos da bancada dos vereadores, colocou-os em mochilas e saiu pela porta de entrada, sem ser incomodado.É o segundo caso de furto registrado em três meses. Em meados de julho, uma câmera de estúdio e 12 cartões de memória foram levados de dentro da TV Câmara, o canal de televisão que funciona no primeiro andar, ao lado do plenário.As duas ocorrências devem resultar em mudanças na segurança do Palácio Anchieta. Nesta quarta-feira (17), integrantes da Mesa Diretora iniciaram estudos com a Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana para definir novas regras. À noite, duplas de policiais já faziam ronda pelos andares e fiscalizavam até os banheiros.Na terça-feira, os aparelhos começaram a ser instalados nas bancadas às 13h30. Segundo relato de funcionários, cerca de 15 pessoas permaneceram no local. Nesse momento, funcionários do setor de tecnologia entravam e saíam do plenário, carregando os computadores. Foi aí que houve o furto, por volta das 14h.A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso e já recebeu as imagens do circuito interno.O furto foi comunicado à presidência da Câmara por volta das 14h30. Mas a sessão foi aberta sem que nenhum dos parlamentares tivesse sido informado sobre o ocorrido. Mais tarde, com o fim dos trabalhos, um grupo de PMs fez varredura nas mesas do plenário e nas fitas das câmeras do circuito interno e conversou com funcionários.Instalados há cerca de dois meses para acelerar os processos de discussão e votação dos projetos, os computadores foram comprados ao preço unitário de R$ 2.051. Segundo a presidência, os equipamentos tinham seguro e serão repostos, sem prejuízo aos cofres públicos.OrganizaçãoImagens do circuito interno de segurança da Câmara entregues à polícia mostram a ação de uma quadrilha orquestrada, que agiu de forma discreta. No momento do furto, uma jovem alta e bem vestida orientava três homens que estavam dentro do plenário desde o meio-dia, quando começou a CPI da Cantareira. Com o fim dos trabalhos da comissão, três homens, quase ao mesmo tempo, retiraram sacolas biodegradáveis das mochilas que carregavam para envolver os notebooks e guardá-los de volta.Para não chamar a atenção da segurança, um quarto homem se posicionou na frente da mesa onde estavam os três PMs que fazem a segurança da entrada do plenário. Com um celular, dava ordens ao grupo.Às 14h17, imagens mostram os cinco suspeitos, todos em trajes sociais, saindo juntos pela porta principal do Legislativo, de frente para o número 100 do Viaduto Jacareí, um dos locais mais movimentos do centro de São Paulo. Eles não foram incomodados por seguranças em nenhum momento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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