REAÇÃO COMO UM TERREMOTO
Outro bombardeio de Israel matou pelo menos 17 pessoas e feriu cerca de 160 perto de uma feira em Shejaia, vizinhança intensamente bombardeada nos arredores do leste da Cidade de Gaza, informou o Ministério da Saúde.
Testemunhas relataram que a multidão havia se reunido para ver um posto de combustível atingido mais cedo arder em chamas. Os militares israelenses não comentaram de imediato.
“Tal massacre exige uma resposta como um terremoto”, declarou o porta-voz do Hamas, Fawzi Barhoum.
O Ministério da Saúde de Gaza disse que agentes do resgate recuperaram mais 20 corpos em diferentes áreas de Gaza. Não estava claro se todos os corpos encontrados eram de pessoas mortas nesta quarta-feira.
O Exército israelense afirmou que 125 foguetes foram disparados de Gaza, alguns alcançando regiões mais distantes em Israel, mas sem provocar danos ou baixas. O Hamas disse ter lançado quatro foguetes em direção a Tel Aviv.
O ministro das Comunicações de Israel, Gilad Erdan, membro do gabinete de segurança, disse que o organismo instruiu os militares a levar adiante sua campanha para localizar e destruir os túneis que os militantes construíram sob a fronteira de Gaza e usaram para disparar foguetes dentro do território israelense.
“Nos próximos dias, daremos total liberdade operacional para que as Forças de Defesa de Israel reajam ao terrorismo e completem a neutralização e destruição dos túneis”, declarou Erdan à rede de TV Channel Two.
O chefe do comando militar do sul, major-general Sami Turgeman, disse a jornalistas que o Exército estava "apenas a alguns dias de destruir todos os túneis de ataque".
Ele acrescentou que a ofensiva contra os militantes no enclave islâmico dominado pelo Hamas tinha sido ampliado para incluir mais alvos no centro e sul da Faixa de Gaza.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, 1.346 palestinos, a maioria civis, morreram desde que Israel iniciou sua ofensiva em 8 de julho com o propósito declarado de conter os disparos de foguetes na divisa e eliminar a rede de túneis do Hamas.
Pelo menos 99 palestinos foram mortos só nesta quarta-feira. Apesar do número de vítimas israelenses, o apoio da população à continuidade da operação militar continua forte, na esperança de que se evitem novos conflitos no futuro.
(Reportagem adicional de Ari Rabinovitch, em Jerusalém; de Noah Browning, em Ramallah; de Yasmine Saleh, no Cairo; de Tom Miles, em Genebra; e de Michelle Nichols, em Nova York)