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Patrocinadora de seleções na final, Adidas supera Nike no Mundial

Por EMMA THOMASSON
Atualização:

Agora que duas das seleções que patrocina estão na final da Copa do Mundo, a alemã Adidas declarou vitória sobre a rival norte-americana Nike no mais recente round da batalha pelo posto de maior marca do mundo do futebol. As duas empresas dominam a indústria de acessórios do esporte, que arrecada mais de 5 bilhões de dólares por ano, e dividem mais de 80 por cento do mercado de muitos produtos, mas a Nike vem ameaçando a liderança da Adidas, até mesmo na Europa ocidental, seu território por excelência. Embora a Adidas forneça a bola do Mundial desde 1970, pela primeira vez foi a Nike que vestiu mais equipes no torneio do Brasil – 10 de 32 seleções, incluindo o time da casa, comparados aos nove da Adidas. Mas a marca das três listras irá mandar no gramado no domingo, já que pela primeira vez desde 1990 é a fornecedora dos uniformes das duas finalistas e também das chuteiras de muitos de seus astros, além dos uniformes dos árbitros e da bola. "A Adidas será a marca mais visível na final da Copa do Mundo", disse o executivo-chefe Herbert Hainer, que previu uma final Alemanha-Argentina muito antes de os dois times derrotarem o Brasil e a Holanda, patrocinados pela Nike, nas semifinais. “Mais uma vez, estamos sublinhando nossa posição como maior marca mundial do futebol. Globalmente, a Adidas é a número um com folga no futebol”, acrescentou. Só não está claro quanto tempo isso dura. A Adidas espera vendas recordes de 2,7 bilhões de dólares oriundas do futebol em 2014, superando os 2,3 bilhões de dólares que a Nike declarou para seu ano fiscal, concluído em maio – mas, embora os períodos não sejam diretamente comparáveis, a Nike insinuou que pode ultrapassar as cifras da Adidas em seu ano fiscal 2014/15. Apesar de nenhum time da Nike ter chegado à final, a empresa norte-americana, que só se tornou uma potência no futebol depois da Copa de 1994 sediada em seu país, já superou a Adidas nas vendas de chuteiras na maioria dos países. A Nike ainda prevê um novo aumento de 21 por cento nas vendas de produtos ligados ao futebol em seu atual ano fiscal, repetindo os números de 2013-14, segundo seu executivo-chefe, Mark Parker. “Os Estados Unidos, em especial, têm um grande potencial, e na China há enormes oportunidades de crescimento”, disse Parker ao jornal alemão Handelsblatt em entrevista publicada na quarta-feira. A Adidas, cujo patrocínio em cada Copa custa estimados 100 milhões de dólares, prevê um “aumento modesto” em vendas e custos de marketing em 2014 devido à competição, sem fornecer números. A Nike afirmou que os gastos totais com marketing foram de 876 milhões de dólares até maio, um aumento de 36 por cento, sobretudo por conta da Copa, e um executivo prevê outro aumento de 30 por cento no atual trimestre.

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