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Pequena sereia volta para o lar na Dinamarca

Por AE-AP
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A Pequena Sereia da Dinamarca foi recebida com aplausos e sopros de fanfarras neste sábado, quando a famosa estátua foi reinstalada em seu lar, em uma pedra olhando o mar do porto de Copenhague. A escultura passou seis meses na China, após ter deixado, em abril, a pedra na qual esteve instalada por 97 anos para se tornar o centro de atenções do Pavilhão dinamarquês na Xangai World Expo.A viagem da Pequena Sereia gerou controvérsias, uma vez que alguns dinamarqueses consideraram um desrespeito embarcar um tesouro cultural e uma importante atração turística como um gesto de relações públicas. Mas a estátua, quando estava em sua casa, não foi sempre bem tratada. Várias vezes, a Pequena Sereia foi vítima de vandalismo em Copenhagen.Na cerimônia de reinstalação deste sábado, o prefeito da cidade, Frank Jensen, assegurou aos cerca de 200 habitantes que a viagem da sereia foi a única e que não há mais planos de embarcá-la para outros mares. "Agora, ela está de volta e vai descansar na sua pedra", disse, ressaltando que sentiu a ausência da estátua como se fosse de um membro de sua família. Durante a ausência da sereia, uma instalação de vídeo do artista chinês Ai Weiwei, mostrava imagens ao vivo da estátua em Xangai.A mulher com calda de bronze é uma das mais populares atrações turísticas da Dinamarca, recebendo cerca de um milhão de visitantes por ano. Na China, os números se agigantaram. A estátua foi vista por 5,6 milhões de pessoas durante o período de 1 de maio a 31 de outubro na exposição. O número de visitantes é quase igual ao da população da Dinamarca.A estátua foi inspirada no conto de fadas do escritor dinamarquês Hans Christian, que conta a história de uma sereia que cai de amores por um príncipe e fica esperando 300 anos para se tornar humana. Criada pelo escultor Edvard Eriksen, outro dinamarquês, a estátua foi colocada no porto de Copenhague em agosto de 1913. Do local, ela só foi removida para reparos. Ela já foi decapitada duas vezes, seus braços cortados para fora, foi derrubada pelo vento em 2003 e foi vestida com uma burca, um véu muçulmano, há dois anos, aparentemente por críticas à proposta da Turquia de integrar a União Europeia.

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