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Polícia coíbe protesto de desabrigados em avenida no Rio

Por Roberta Pennafort
Atualização:

Cerca de 300 pessoas continuam acampadas sob chuva em frente à sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova, região central da cidade. Elas esperam uma promessa de moradia. Na manhã desta segunda-feira, 14, uma comissão formada pelos desabrigados entrou no prédio para uma reunião com representantes da Prefeitura na tentativa de chegar a um acordo. O grupo estava no prédio da empresa de telefonia Oi, no Engenho Novo, zona norte do Rio, ocupado desde o dia 31 de março e que foi desocupado pela PM na última sexta-feira, 11.Também nesta manhã, segundo os desabrigados, uma tentativa de fechar a Avenida Presidente Vargas, uma das principais da cidade, em frente à Prefeitura foi coibida com gás lacrimogêneo pela Guarda Municipal e pela Polícia Militar. "Jogaram gás na direção da passarela (da concessionária MetrôRio, onde mães com crianças se abrigavam da chuva), mesmo vendo um monte de bebês. Minha filha tem 1 ano e 9 meses e ficou chorando e tossindo", disse a dona de casa Ana Claudia dos Santos, de 30 anos.Ela está no acampamento desde sexta e prefere ficar ao relento a morar de favor na casa da tia na favela do Jacarezinho, nos arredores do terreno da Oi. "Tenho quatro filhos e minha tia tem mais quatro. Não cabe todo mundo (na casa)". A Prefeitura alega que não tem casas disponíveis para todos. Por outro lado, os desabrigados sustentam que só sairão da frente do prédio municipal quando surgir uma solução imediata.

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