Policiais são afastados após usarem armas em ato no Rio

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Por Redação
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Pelo menos dois policiais - um PM e um inspetor da Civil - usaram munição letal durante a manifestação contrária a Copa realizada no domingo, 15, no entorno do estádio do Maracanã, na zona norte do Rio. Procurada pela reportagem, a Polícia Civil divulgou uma nota em que informa apenas que a corregedoria interna da corporação "instaurou uma sindicância para apurar a conduta do policial Luiz do Amaral".O policial estava em um Fox prata, saltou do carro segurando uma pistola e ameaçou manifestantes e jornalistas. "Identificação é o c... Sai de perto de mim!", gritava Amaral, apontando a arma na direção de jornalistas e manifestantes, que protestavam na via. O policial fez três disparos para o alto de dentro do carro, ao deixar o local. Ele não foi localizado pela reportagem nesta segunda-feira, 16. O Fox está desde 2009 sem fazer a vistoria anual obrigatória.Em outros pontos da Tijuca e de Vila Isabel, houve confrontos entre ativistas e policiais do batalhão de Choque, no início da partida entre Argentina e Bósnia. Policiais usaram bombas de efeito moral, de gás lacrimogêneo e spray de pimenta contra manifestantes. Na Avenida Maracanã, ativistas lançaram quatro coquetéis molotov e um deles caiu perto da barreira policial.Em vídeo publicado pelo "Jornal Nova Democracia" no YouTube, um policial militar, de moto, faz disparos com o que parece ser uma pistola no entorno do Maracanã. No mesmo vídeo, duas pedras são jogadas na direção do PM, sem acertá-lo. A PM divulgou uma nota em que afirma que o policial será afastado do trabalho em manifestações: "O policial do Batalhão de Choque que aparece utilizando arma letal em imagens divulgadas pela internet se apresentou voluntariamente ao comando da unidade e será ouvido em uma sindicância aberta pela Corregedoria. Este procedimento vai determinar se houve irregularidade. O PM está afastado do policiamento voltado para as manifestações".

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